Defensoria do Ceará vistoria hospitais e confirma precariedade no atendimento
Motivada por denúncias de superlotação, precariedade no atendimento de emergência e falta de material para fazer procedimentos médicos e cirúrgicos, a Defensoria Pública do Ceará voltou a fiscalizar unidades de saúde no estado. Hoje (14) os defensores vistoriaram o Instituto Dr. José Frota, vinculado à prefeitura de Fortaleza. De acordo com os defensores, a situação encontrada confirma as denúncias de emergência lotada, corredores cheios e macas servindo de leitos.
“Pela ausência de divisórias, os pacientes são higienizados na frente de outros, o que desrespeita a intimidade deles. A lotação também pode ser vista no setor de observação”, informou o supervisor do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria, Aluízio Jácome.
No fim da tarde, o Corredômetro, estatística do Sindicato dos Médicos do Ceará para contabilizar o número de pessoas em atendimento nos corredores das emergências dos hospitais públicos e das unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) de Fortaleza, mostrava que havia 90 pessoas nessa situação no instituto.
Hoje, pela segunda vez esta semana, o prefeito Roberto Cláudio visitou a instituição. Na terça-feira (12), ele esteve na unidade verificando as condições da emergência, após a divulgação de fotos em redes sociais de pacientes sendo atendidos no chão.
A prefeitura comprou novas macas e determinou que elas estejam disponíveis 24 horas no pátio da emergência para antecipar atendimentos. Segundo Aluízio Jácome, as novas macas ainda não são suficientes. “As pessoas continuam sendo atendidas de forma irregular e precária.”
O prefeito adiantou que também haverá mudanças no setor de observação. “Há o compromisso da diretoria de, progressivamente, com a contratação de leitos de retaguarda e melhorias de fluxo, reduzir o número de pacientes nos corredores".