Motoristas e cobradores vão parar atividades por duas horas nesta terça em SP
Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo vão paralisar suas atividades amanhã (12), das 10h ao meio-dia, para protestar contra o sindicato das empresas de transporte coletivo.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviário Urbano de São Paulo, que representa cerca de 40 mil trabalhadores, motoristas e cobradores vão cruzar os braços em protesto contra o baixo reajuste oferecido pelas empresas. Nenhum ônibus deve sair dos terminais da cidade nem mesmo dos pontos finais durante esse intervalo, informou o sindicato dos trabalhadores. Também deverão paralisar suas atividades os trabalhadores das garagens responsáveis pela manutenção dos ônibus.
Em entrevista hoje (11), o presidente do Sindicato dos Motoristas, Valdevan Noventa, disse que a paralisação de duas horas nesta terça-feira foi motivada porque a “proposta apresentada para os trabalhadores é indecente”. Os motoristas reivindicam reposição da inflação e mais 7% de aumento real, enquanto o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) ofereceu 7,21% de reajuste. “Não é uma greve, mas uma manifestação que estamos fazendo para sensibilizar o Poder Público e os patrões. A proposta apresentada é indecente, abaixo da inflação”, disse Noventa.
Uma assembleia dos trabalhadores foi agendada para a próxima quinta-feira (14), a partir das 16h.
Por meio de nota, o SPUrbanuss disse considerar “intempestiva a manifestação” que, segundo o sindicato das empresas, pode “ocasionar sérios transtornos à mobilidade dos paulistanos e, em especial, dos passageiros do ônibus”.
“O SPUrbanuss e o Sindicato dos Motoristas e Cobradores estão, desde o final de abril, negociando os termos da nova Convenção Coletiva de Trabalho, com data-base neste mês de maio. Essas negociações estão em andamento, ainda não se esgotaram. O sindicato lembra que uma atitude extrema dos operadores, sem amparo de uma assembleia da categoria, caracteriza o movimento como ilegal, resultando em sérios prejuízos aos usuários do serviço de transporte urbano”, diz o sindicato das empresas.