Ambientalistas fazem alerta sobre poluição da Baía de Guanabara

Publicado em 05/06/2015 - 15:52 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Em meio a críticas sobre a qualidade da água, Baía de Guanabara sediará o primeiro evento-teste para as Olimpíadas de 2016(Arquivo Agência Brasil)

O objetivo do apitaço é chamar atenção das autoridades e da população sobre a poluição da Baía de Guanabara, diz biólogo Arquivo Agência Brasil

Os ambientalistas vão promover amanhã (6), a partir das 11h, um apitaço nas praias de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, e de Icaraí, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. O objetivo é chamar a atenção das autoridades e da população sobre a poluição da Baía de Guanabara, que será usada como local das provas de vela nos Jogos Olímpicos de 2016.

A manifestação foi organizada pelo biólogo Mario Moscatelli e pela Aliança Rebelde, grupo que busca soluções para a degradação da região costeira do Rio de Janeiro. De acordo com Moscatelli, os envolvidos no ato exigem a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o governo do estado do Rio, por meio da Secretaria de Estado de Ambiente (SEA), e o Ministério Público Federal (MPF).

Para o biólogo, o TAC visa à gestão profissional e responsável dos recursos destinados à recuperação da Baía de Guanabara. O apitaço será acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que vão encaminhar documento técnico e fotográfico à SEA e ao MPF relatando as condições da baía.

Moscatelli aponta a “má gestão e a falta de fiscalização” como os principais fatores que impediram a recuperação da baía. “Foram investidos R$ 10 bilhões na recuperação da baía e, depois de 20 anos, tempo em que  acompanho, a situação ainda é crítica. Esperava-se que, com os Jogos Olímpicos, uma mudança fosse materializada, mas as autoridades prometeram muito e não entregaram praticamente nada de melhoria. Não falta dinheiro, muito menos tempo. Falta gestão, fiscalização e vontade política.”

A Agência Brasil procurou a Secretaria de Estado do Ambiente para que comentasse sobre as queixas sobre a poluição da baía e para saber se o local estará adequado para as competições de vela nas Olimpíadas do ano que vem, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Edição: Valéria Aguiar

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