Secretário diz que investigação da chacina de SP é prioridade, mas sem pressa
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse hoje (23) que a investigação da chacina em Osasco e Barueri, que deixou 19 mortos em agosto, está sendo feita com absoluta prioridade pela polícia, mas sem pressa.
Segundo ele, a secretaria não quer agir “simplesmente para dizer que temos um resultado”, mas apresentará “em breve” uma conclusão da investigação.
“A investigação de Osasco e Barueri é absoluta prioridade do governo do estado de São Paulo”, afirmou. “Agora, não confundam pressa com prioridade. Não temos pressa. Temos prioridade, porque é um assunto importante e que envolveu diversas vidas. Nós vamos resolver isso.”
As chacinas em Osasco e em Barueri, ocorridas no dia 13 de agosto, deixaram 19 mortos e seis pessoas feridas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), pelo menos dez criminosos participaram da chacina. Até o momento, apenas uma pessoa - um policial militar - foi presa.
“Estamos fazendo uma investigação técnica, baseada em uma metodologia importantíssima, que vai levar importantes resultados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Não queremos agir com pressa simplesmente para dizer que temos um resultado. É prioridade, não pressa.”
Hoje, a secretaria adiantou alguns dados de agosto sobre a criminalidade no estado. Normalmente, os números são divulgados no dia 25 de cada mês. No entanto, a letalidade policial não foi incluída no resultado. O secretário informou que os dados restantes serão apresentados na data habitual.
Segundo a SSP, em agosto foram 67 registros de homicídios na capital paulista, redução de 20,24 % em relação aos 84 do mesmo período de 2014. O índice de homicídios caiu para 9,22 ocorrências por 100 mil habitantes. É a menor taxa desde 2001, quando teve início a série histórica do levantamento.
Os latrocínios tiveram queda de 23,08%, passando de 13, em agosto do ano passado, para 10 casos neste ano. Os estupros caíram 13,3% em agosto, com 176 ocorrências, ante 203 casos, no mesmo mê de 2014. O índice atual é o menor desde 2009.