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Controle eletrônico de estabilidade para carros será item obrigatório até 2022

Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/12/2015 - 16:45
 - Atualizado em 18/12/2015 - 19:19
Brasília

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou nesta sexta-feira (18) a Resolução 567, que torna obrigatório o uso do sistema de controle de estabilidade em veículos nacionais e importados. A tecnologia garante mais segurança aos condutores e passageiros. Os fabricantes terão de incluir o item nos carros até 2020, nos modelos novos, e 2022, em todos os veículos novos.

O sistema de segurança é indicado pelas siglas ESC ou ESP, dependendo da montadora, e garante mais controle do veículo em situações de risco, como curvas em alta velocidade e pistas com baixa aderência, por exemplo, evitando que o carro saia da trajetória original. O controle eletrônico de estabilidade detecta a perda de aderência dos pneus e aciona os freios ou reduz a rotação do motor de forma automática para evitar que o carro derrape e o motorista perca o controle da direção.

No mês de novembro, a organização Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, lançou a campanha Carro sob Controle, para que a inclusão do item nos veículos fosse obrigatória a partir do segundo semestre de 2017. A organização argumenta que testes com carros com e sem o controle eletrônico comprovaram que o sistema reduz em até 50% o risco e a gravidade dos acidentes.

Nos Estados Unidos e na União Europeia, o item já é obrigatório. Na Argentina, será item de série a partir de 2018. A partir de janeiro, o sistema passará a ser item obrigatório para que o veículo ganhe quatro ou cinco estrelas nos testes feitos pelo Programa de Avaliação de Carros Novos da Latin NCAP, organização parceira da Proteste.

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os fabricantes pediram um período maior para implementar a mudança e realizar os testes em veículos de modelos antigos. “Alguns modelos de carro dependem de maior esforço para implantar o controle de estabilidade. [Os fabricantes] Justificaram que precisam alterar projetos e precisam de tempo para ajustar as peças e fazer os testes e, por isso, pediram um prazo maior”, disse a coordenadora de Infraestrutura de Trânsito do Denatran, Juliana Lopes.

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) fez uma estimativa de aumento do custo dos carros com a tecnologia, a pedido do Denatran. De acordo com a AEA, a inclusão do sistema de segurança vai custar entre R$ 1 mil a R$ 2 mil, dependendo do modelo. Juliana Lopes informou que o Denatran também fez um levantamento nos Estados Unidos para apurar o custo de implantação da tecnologia nos carros, e apurou um aumento médio de US$ 100 dólares no valor de fabricação.

A regra vale para carros para o transporte de passageiros, que não tenham mais que oito assentos, e para veículos projetados e construídos para o transporte de cargas de até 3,5 toneladas.

O texto foi ampliado às 19h19