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Capitão do tri de 70 fala sobre liderança e incentiva jovens para as Olimpíadas

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/03/2016 - 23:37
Rio de Janeiro
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Com uma mensagem de “incentivo à garotada” que participará dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de 5 a 21 de agosto, um dos líderes da seleção brasileira de futebol de 1970, que conquistou o tricampeonato mundial no México, Carlos Alberto Torres, falou hoje (15), no Rio, sobre sua experiência e a liderança que exerceu durante a carreira de jogador, tendo sido o mais jovem capitão a erguer o troféu da Copa do Mundo, na época com 25 anos de idade.

O ex-jogador do Fluminense e do Santos foi o palestrante da Super Rio Expofood, no Riocentro, em Jacarepaguá, zona Oeste da cidade. Carlos Alberto Torres disse que é sempre solicitado a falar da Seleção de 1970 porque, “até hoje, ela é reconhecida como o melhor time de seleção de todos os tempos” e  a conquista do título de campeã mundial de futebol foi importante para o país naquele momento, disse.

Durante a carreira no futebol, ele jogou ao lado de craques como Pelé, Zico, Coutinho, Gilmar, Mauro e Pepe, entre outros. O normal, numa disputa de Copa do Mundo naquela época, eram capitães com mais experiência, com  28  a 29 anos de idade, “e eu, com 25 anos, fui capitão da seleção de 70 e já era, desde 1968, na seleção, quando tinha 22 anos”.

Como capitão, Carlos Alberto Torres foi adquirindo experiência e “soltando” suas atitudes: “Como capitão, você tem que ser uma pessoa expansiva, tem que falar para mostrar a liderança que possui. Era o meu caso. Sempre fui assim. Falava com meus companheiros. Por isso, as pessoas até hoje me reconhecem como capitão”. Hoje, as pessoas que encontra na rua o chamam pelo nome,  “capitão”, ou “capita” e  “Isso é gratificante pra burro!”

Mesmo os jogadores da atual seleção do Brasil, quando o encontram, o chamam de capitão: “Para mim, é muito bacana. Tenho orgulho de ter sido um bom capitão pela reação que tenho das pessoas e pelo carinho quando encontram comigo”. A liderança, segundo o “capita”, é uma coisa natural, como ocorreu com Pelé, que, embora não tenha sido capitão do time, foi respeitado pelos companheiros e ajudou o capitão a fazer seu trabalho com a equipe. “A pessoa ou é (líder natural), ou não é”, resume Carlos Alberto.

Nesta quarta-feira (16), a palestra será do campeão do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Nalbert Tavares Bitencourt, que falará sobre o tema A Jornada de um Líder. Na quinta-feira (17), o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, falará sobre “As Tendências da Economia Nacional e Internacional”. O evento é promovido  pela Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj).