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Diagnóstico de comunidades vai construir programa socioambiental

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 21/05/2017 - 11:31
Rio de Janeiro

Instituições de pesquisa universitária podem apresentar, até o próximo dia 23 de junho, propostas para a elaboração de um diagnóstico socioambiental de quatro comunidades vizinhas do Corcovado, morro onde está situada a estátua do Cristo Redentor, um dos mais famosos cartões-postais do Rio de Janeiro, localizado no Parque Nacional da Tijuca.

O diagnóstico vai identificar as principais demandas das comunidades Guararapes, Cerro Corá, Vila Cândido e Morro dos Prazeres, com o objetivo de elaborar um Programa Socioambiental a ser implementado no prazo de duração da concessão do Trem do Corcovado, nos próximos 18 anos. A concessão foi iniciada em 2014, após processo de licitação.

A coordenadora socioambiental do Parque Nacional da Tijuca, a analista ambiental Isaura Bredariol, destacou que o programa está sendo pensado de forma diferente da tradicional, uma vez que inclui a visão dos principais atores, que são o público-alvo do projeto, e não apenas critérios técnicos, na elaboração e no planejamento do diagnóstico.

“Queremos ouvir as demandas das comunidades para a elaboração do programa. A gente não vai chegar com o programa pronto, vai construir de forma participativa”, disse Isaura. Ela explicou que os jovens das comunidades querem trazer a universidade para perto deles, daí o edital ser voltado exclusivamente para instituições universitárias de pesquisa.

Financiamento

O Programa Socioambiental será financiado integralmente pela concessionária Trem do Corcovado, com recursos de R$ 211,02 mil por ano, a serem corrigidos anualmente. A medida está prevista no contrato de concessão.

Isaura informou que o Conselho Consultivo do Parque Nacional da Tijuca, a instância principal de participação social na gestão da unidade, propôs a criação de uma Câmara Temática de Educação Ambiental para discutir o programa. “Dessa câmara temática participam as lideranças das comunidades que estão envolvidas, além de conselheiros do parque”. Ao todo, no entorno do Parque Nacional da Tijuca, existem 117 comunidades carentes.

A coordenadora considerou que o processo participativo usado na construção do termo de referência ampliou a interação entre os diversos setores envolvidos. As propostas encaminhadas pelas universidades serão avaliadas em conjunto com as lideranças comunitárias. A expectativa é que o diagnóstico possa começar a ser construído no fim de julho deste ano, com 12 meses para ser concluído.

“A gente quer que a maior parcela possível dos moradores seja ouvida, para que tenha voz dentro das comunidades. Por isso, a gente prevê um período de até um ano para o diagnóstico”. Após a conclusão, o programa será então implementado.