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Economia

Secretário anuncia R$ 250 mil para feira de economia solidária

Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 07/07/2017 - 20:34
Santa Maria (RS)
24 Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) acontece em Santa Maria, no Rio Grande do Sul

24ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) acontece em Santa Maria, no Rio Grande do Sul Daniel Isaia/Agência Brasil

O secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Natalino Oldakoski, anunciou hoje (7), durante a abertura da 24ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop),em Santa Maria (RS), que o governo federal vai investir R$ 250 mil na próxima edição do evento, que completará 25 anos.

“O ministro [do Trabalho] Ronaldo Nogueira me incumbiu de trazer a notícia de que para a feira do ano que vem, o governo federal vai investir R$ 250 mil para que o evento siga a sua trajetória”, disse Oldakoski, que destacou a relevância da Feicoop. “Esta feira representa a concentração da economia solidária na América Latina e concentra vários atores que constroem essa política tão relevante para o desenvolvimento do país.”

O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, disse que todas as secretarias do município estão envolvidas na organização da Feicoop e que o evento não tem caráter político. “Não tem feira de esquerda nem feira de direita. A feira é do povo, daqueles que trabalham.”

Projeto de lei

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) também participou da cerimônia e defendeu o Projeto de Lei 4.685/2012, que cria o Sistema Nacional de Economia Solidária, do qual é relatora. Seu parecer, favorável à admissibilidade da proposta, foi apresentado ontem (6) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

“A economia solidária no Brasil já movimenta mais de 1% do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país]. Isso corresponde a quase R$ 6 bilhões anuais. Ela é a forma de inclusão econômica de milhares de brasileiros e brasileiras, tanto em empresas falidas retomadas quanto na agricultura familiar, nas cooperativas de modo geral, e em todas as áreas da economia”, destacou.

Maria do Rosário também afirmou que cabe ao Estado garantir às pessoas que vivem dessa atividade econômica políticas de qualificação profissional e auxílio para o escoamento da produção. “[A economia solidária] é formada por pequenos pedaços, muitas vezes de famílias ou pequenos grupos que se reúnem de forma articulada e solidária, mas que partem praticamente de uma iniciativa individual. A política nacional poderá formalizar, apoiar através do fundo, e isso tem um significado muito importante na vida das pessoas.”