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Atingidos da Barragem de Fundão criticam projeto de reassentamento da Renova

Eles reclamam da demora na construção das casas e das imposições da
Danyele Soares - Repórter do Radiojornalismo
Publicado em 04/11/2017 - 14:48
Brasília
Mariana (MG) - Reunião de membros da Comissão de Atingidos com moradores de Paracatu, dois anos após a tragédia do rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco (José Cruz/Agência Brasil)
© José Cruz/Agência Brasil
Mariana (MG) - Ruínas em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, dois anos após a tragédia do rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco (José Cruz/Agência Brasil)<img src=" class="Image img__fid__111076 img__view_mode__default attr__format__default" height="160" src="/sites/default/files/atoms/image/1096535-jfcrzabr031117001649.jpg" title="" typeof="Image" width="277" />

Mariana (MG) - Ruínas em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, dois anos após a tragédia do rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco (José Cruz/Agência Brasil)

Após dois anos da tragédia de Mariana, em Minas Gerais, atingidos e autoridades denunciam a demora na reconstrução das casas. Em coletiva de imprensa neste sábado (4), a Comissão de Atingidos da Barragem de Fundão e promotores do Ministério Público de Minas Gerais criticaram o projeto de reassentamento feito pela Fundação Renova, financiada pela empresa Samarco. Segundo eles, a proposta da companhia prevê a reconstrução dos imóveis em área de risco.

Na última quarta-feira (1º), o Ministério Público entrou com uma nova ação para garantir o reassentamento e a participação dos atingidos nos projetos. Segundo o promotor do Ministério Público, Guilherme Meneghin, a empresa quer impor um modelo de casa e a reconstrução em áreas de risco.

“Eles querem impor modelo de casa, impor reconstrução em área de risco. Respeite a participação das vítimas. A nova ação é para regular e garantir o reassentamento e a participação das vítimas”, disse o promotor.

A Comissão de Atingidos defende que a população tem direito de ser reassentada em um local seguro.

Desde 2015, o Ministério Público estadual já protocolou 19 ações na Justiça, sendo 17 ações civis e 2 criminais. Além disso, órgãos federais avaliam e acompanham o impacto da lama nos animais da região.

Em nota, a Fundação Renova, instituição responsável pela reconstrução e financiada pela Samarco, informou que nas cidades de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e em Barra Longa, onde vivia a comunidade de Gesteira, os terrenos e projetos urbanísticos foram apresentados às populações e aprovados pela maioria.

Em Bento Rodrigues, no entanto, a Renova disse que o projeto passou por ajustes a pedido dos órgãos reguladores. Então, duas alternativas de ocupação serão apresentadas para a comunidade. Ainda segundo a instituição, a entrega das residências e dos equipamentos públicos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira está prevista para o primeiro semestre de 2019.

 



Dois anos do desastre ambiental de Mariana