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Ministro Fux se declara suspeito para julgar ação sobre voto impresso

André Richter – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/02/2018 - 20:42
Brasília
Brasília - O presidente em exercício do TSE, Luiz Fux, na apresentação do anuário Justiça em Números 2017, durante Reunião Preparatória do XI Encontro Nacional do Judiciário, no auditório do TSE (José Cruz/Agência Brasil)
© José Cruz/Agência Brasil

Brasília - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), participa do 11 Fórum Brasileiro de Combate à Corrupção (José Cruz/Agência Brasil)

Ministro Luiz FuxJosé Cruz/Agência Brasil/Arquivo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux se declarou suspeito para julgar a ação protocolada hoje (5) pela Procuradoria-Geral da República para derrubar a obrigatoriedade do voto impresso em parte das urnas eletrônicas nas eleições de outubro. Com a decisão, a ação deverá ser redistribuída para outro integrante da máxima corte.

Na decisão, Fux alegou motivo de “foro íntimo”, conforme determina o Código de Processo Civil, e declarou que tem interesse na causa como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro toma posse no cargo amanhã (6).

Ao defender a derrubada do voto impresso, a procuradora-geral da República Raquel Dodge argumenta que a medida “potencializará falhas, causará transtornos ao eleitorado, aumentará a possibilidade de fraudes e prejudicará a celeridade do processo eleitoral. Elevará, ainda, (o número de) urnas em que a votação terá que ser exclusivamente manual”.

Nas eleições deste ano, o TSE deve usar em torno de 30 mil urnas com impressora. A impressão foi aprovada no Congresso em 2016 e prevê a continuidade da votação por meio da urna eletrônica, mas com a impressão de um boletim dos votos computados, que serão colocados em uma urna física lacrada, para que possam ser auditados. O comprovante não será dado ao eleitor. O custo total de implantação das impressoras em todas as urnas do país é de R$ 1,8 bilhão.