Ator Bernardo Felinto: “sem motivação, a pessoa anda desleixada”
Em meio à turnê internacional de seu primeiro curta-metragem, o ator brasiliense Bernardo Felinto aproveitou o enredo do filme para reforçar a constatação de que “uma pessoa que vive sem motivação é uma pessoa que anda desleixada, anda desgostosa com a vida”. Ele conversou com a jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, que vai ao ar na TV Brasil, nesta terça (11), às 23h
O ator brasiliense, porém, está numa fase de vibração com a carreira. Seu filme Me deixe não ser foi exibido em Nova York, no mês de maio, e será apresentado no Los Angeles Television, Script and Film Festival, no dia 16 de junho. A obra conta a história de um escritor que está frustrado por não conseguir terminar o livro e que só retoma o ânimo quando é arrebatado por uma paixão.
Na vida real, o ator e cineasta não deixa dúvidas de que sua grande paixão são as artes cênicas, às quais se dedica há 17 anos. Bernardo Felinto iniciou a carreira no grupo de comédia ‘De 4 é melhor’, na capital federal. Já integrou o elenco do humorístico ‘Zorra Total’ e participa de espetáculos do grupo ‘Os Melhores do Mundo’. Mas ele é taxativo ao afirmar: “Não me considero comediante, não me considero humorista. Me considero ator”.
Bernardo revela que já enfrentou muito preconceito por ter iniciado os trabalhos teatrais fazendo humor e lamenta que esse gênero seja visto como uma arte menor. Para ele, é uma análise equivocada, porque são poucos os atores que conseguem fazer comédia. “Acho que os que criticam não conseguiriam fazer, muito provavelmente. Pessoas que veem as peças de comédia bombando e as de drama, na maioria das vezes não conseguem atingir esse lugar, principalmente em Brasília.”, diz, acrescentando que já fez peças de drama que não tinham nem 10% do público dos espetáculos humorísticos.
O ator, diretor, roteirista e cineasta já fez participações em novelas, sendo a mais recente "Órfãos da Terra", da TV Globo. Mas ele revela que é no palco onde mais se realiza. “O teatro não tem edição, é você ali 100%, sem close, em plano aberto o tempo todo. Com a reação imediata da plateia. Não pode errar. Está completamente exposto. O teatro é pular do abismo sem paraquedas, você simplesmente se joga sem saber o que vai acontecer”, avalia, Bernardo Felinto, que também tem a própria escola de teatro em Brasília.