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Feiras livres voltam a funcionar no Rio de Janeiro

Autorização foi dada pelo prefeito Marcelo Crivella
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/04/2020 - 13:10
Rio de Janeiro
Belém - Cartão-postal da cidade, o mercado Ver-o-Peso oferece os mais variados sabores e aromas do Pará. A imensa feira livre às margens da baía do Guajará reúne centenas de barracas(Wilson Dias/Agência Brasil)
© Wilson Dias/Agência Brasil

As feiras livres fixas e móveis do município do Rio de Janeiro voltaram a funcionar hoje (29). O prefeito Marcelo Crivella liberou a volta dos serviços antes do prazo determinado anteriormente, dia 2 de maio.

As 162 feiras livres e móveis da capital poderão ser montadas em seus dias e locais definidos, mas a liberação tem algumas condições. Por meio de um termo de ajustamento de conduta (TAC), os comerciantes se comprometeram a seguir medidas de prevenção contra o novo coronavírus (covid-19). Feirantes e ajudantes precisam usar máscara de proteção, manter recipiente com álcool 70% em suas barracas para uso próprio, de auxiliares, empregados e clientes e, ainda, atender somente o cliente que esteja usando máscara de proteção. As barracas têm que ser montadas respeitando o espaçamento entre uma e outra.

Para os feirantes, a medida vai reduzir o impacto que sofreram por não poderem vender os produtos. Eles também consideraram que as restrições não são um problema e que podem cumprir todas.

Representantes da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), do Sesc RJ e do Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do Município do Rio de Janeiro percorreram feiras livres da capital para distribuir máscaras artesanais aos comerciantes.

Aglomerações

Se o retorno das feiras é apenas com medidas de prevenção, há casos na população de desrespeito à orientação da prefeitura para o isolamento social. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) registrou até a segunda-feira (27) 3.536 atendimentos a chamados do Disk Aglomeração. De acordo com a secretaria, a maioria dos chamados é para dispersar grupos em estabelecimentos essenciais e em áreas públicas.

Lançado no dia 31 de março, o serviço identificou que os bairros de Campo Grande, Bangu, Realengo, Santa Cruz, Taquara, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste; Copacabana, na zona sul; Tijuca, na zona norte; e Centro, são os dez bairros com mais denúncias.

As ligações para o Disk Aglomeração devem ser feita para a Central 1746. Os contatos podem ser também pelo site ou aplicativo do programa, além de sinais de celulares, na parceria com a operadora de telefonia TIM e o Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR).

Comércio

A suspensão do comércio ainda é por tempo indeterminado, com exceções para supermercados, hortifrútis e padarias, sem consumo no local; e pet shops, com horários especiais de funcionamento. Ainda assim, fiscalização da força-tarefa composta por integrantes da Subsecretaria de Operações (Subop) da Seop; Guarda Municipal; Subsecretaria de Licenciamento, Fiscalização e Controle Urbano, da Secretaria Municipal de Fazenda; Subsecretaria de Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde; e Comlurb, ainda encontra quem não obedece às determinações da prefeitura do Rio.

Ontem (28), a fiscalização do comércio foi nos bairros de Madureira, na zona norte, e da Vila Valqueire, na zona oeste. As fiscalizações diárias, que começaram em 18 de março, resultaram no fechamento de 3.926 estabelecimentos dos 6.224 visitados em 100 ações conjuntas em toda cidade.

Nessas ações, a fiscalização orienta lojistas e ambulantes a encerrarem as suas atividades, e nos estabelecimentos que têm permissão de funcionar, a força-tarefa verifica se estão sendo respeitadas as medidas sanitárias e também observa se são tomados cuidados para evitar a aglomeração de pessoas.