Pesquisa mostra rejeição maior ao transporte coletivo após pandemia
Uma pesquisa produzida pela Moovit, empresa de soluções de mobilidade que detém o aplicativo de mesmo nome, mostra que os brasileiros passaram a ter maior rejeição ao transporte coletivo após o início da pandemia de covid-19.
O levantamento foi feito com uma amostra aleatória e anônima de 9,5 mil usuários do Moovit nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza, de 14 a 21 de agosto.
A pesquisa perguntou aos entrevistados se eles usavam o transporte público antes da pandemia, se continuavam usando e se usariam nos seis meses seguintes. As respostas de 85% dos entrevistados foram positivas na primeira questão, e de 68% e 70% na segunda e terceira, respectivamente, o que mostra menor adesão ao transporte coletivo após o início da pandemia.
O levantamento perguntou também sobre o que faria com que o entrevistado usasse mais o transporte público durante a pandemia: 77% disseram que seria necessário aumentar a frota disponível; 64%, saber localização do ônibus em tempo real; 45%, ter certeza sobre as linhas em operação; 44%, saber quais veículos estão lotados; e 39% queriam a implementação de horários alternativos às horas de pico.
A pesquisa questionou se os entrevistados usavam carro próprio para se locomover na cidade antes da pandemia, se estavam utilizando durante a pandemia e se utilizariam nos seis meses seguintes. As respostas de 6% dos entrevistados foram positivas para a primeira questão, e de 10% na segunda e terceira.
“[Os dados mostram] alguns impactos para as cidades. Vai ter mais carros nas ruas, pode ser que acorram mais congestionamentos. Aqui no Rio de Janeiro eu já estou sentindo trânsito, engarrafamento nos horários de pico”, destacou o gerente geral da Moovit no Brasil, Pedro Palhares.
O levantamento perguntou ainda sobre as razões de os entrevistados usarem o carro: 48% disseram que o modal é mais seguro; 21%, que é a preferência de sempre; 15%, que o transporte coletivo ainda não voltou ao normal; 14%, que é mais conveniente; e 3%, que o transporte público não atende as necessidades.