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Com fim da greve, garis do Rio farão hora extra para limpar a cidade

Acordo prevê compensação de cinco dias parados
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 08/04/2022 - 12:37
Rio de Janeiro
Garis recolhem lixo no sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária, alagado depois das chuvas.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O acordo celebrado ontem (7) entre a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) e o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio), com mediação do Ministério Público do Trabalho, incluiu a compensação de pelo menos cinco dos 11 dias parados durante a greve com trabalhos extras.

O sindicato informou que está negociando com a prefeitura para que todos os dias parados sejam compensados e não ocorram descontos nos salários dos trabalhadores, inclusive para acelerar a normalização da limpeza da cidade.

Já a Comlurb afirmou que ainda aguarda a formalização do fim da greve por parte do sindicato, “para que as partes comuniquem ao Tribunal Regional do Trabalho que o acordo foi definitivamente selado”.

“Após a comunicação, a Comlurb aguarda o retorno dos garis ao trabalho em sua integralidade”, informa a companhia. De acordo com a Comlurb, não existe serviço de coleta domiciliar acumulado.

“Todos os roteiros vinham sendo cumpridos normalmente, com atrasos pontuais, principalmente por causa das ameaças a funcionários e sabotagens a caminhões, o que prejudicava a coleta”.

Segundo o Siemaco-Rio, os trabalhadores foram orientados a retornarem aos seus postos.

Acordo

O acordo fechado prevê reajuste de 6% no salário, retroativo a março, mais 2% em agosto e um terceiro aumento residual, de acordo com a negociação dos demais servidores municipais, no segundo semestre.

“A Comlurb também elevou o aumento do vale refeição ou alimentação para 6% e aceitou compensar cinco dos 11 dias de paralisação. Além disso, estão garantidos: até dois salários extras a título de Acordo de Resultados aos funcionários; conclusão do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS); e 20% de insalubridade para Agentes de Preparo de Alimentos (APAs)”.

A empresa também informou que a data-base da categoria passa a ser em novembro, junto com todo o funcionalismo municipal do Rio de Janeiro.