Série revela histórias e personagens da Baía de Guanabara

Podcast Águas de Guanabara mostra iniciativas de pesca e conservação

Publicado em 11/04/2022 - 19:41 Por Alana Gandra - Rio de Janeiro

Estreia hoje (11) o primeiro episódio da série de podcasts Águas da Guanabara, com a participação dos quatro projetos que integram a Rede de Conservação Águas da Guanabara (Redagua): Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.

A série, dividida em seis episódios, vai ao ar às segundas-feiras e trará personagens que misturam histórias pessoais com os acontecimentos da Baía de Guanabara. “Não só a baía, no espelho d’água, mas com a bacia hidrográfica como um todo”, destacou em entrevista à Agência Brasil a bióloga Luana Seixas, coordenadora de educação ambiental do Meros do Brasil no estado do Rio de Janeiro.

“O podcast vai fazer uma conversa leve e descontraída também, trazendo a experiência desses personagens, desses atores, que têm envolvimento com a Baía de Guanabara, mas com um olhar inspirado na conservação e, também pelos projetos que fazem parte da Redagua”, reforçou Luana.

A série ficará disponível gratuitamente aos interessados nas plataformas digitais do Projeto Meros do Brasil e pelas plataformas de streaming Spotify, Deezer, Apple e Google Podcasts. Para escutar, basta procurar Águas da Guanabara em qualquer uma das plataformas. Luana Seixas disse que a ideia é lançar novas séries no futuro.

No primeiro episódio são apresentados ao público a Redagua e a série que será oferecida semanalmente. No segundo episódio, o projeto Meros do Brasil entrevista Jaime da Silva, pescador premiado que se tornou protetor de Epinephelus itajara, conhecido popularmente como mero - que hoje é considerado a maior espécie de garoupa do Oceano Atlântico e que desde de 2002 não podem ser pescados ou comercializados.

O terceiro episódio vai apresentar o catador de caranguejo Alaildo Malafaia, do projeto Uçá, para falar sobre a importância de compartilhar saberes e valorizar o conhecimento da comunidade local. Alaildo atua na região do Recôncavo da Baía de Guanabara. “É uma outra forma de pescaria, de atuação no ambiente”, comentou a bióloga.

Nascentes

No quarto episódio, a série sai do espelho d’água e sobe a serra em direção às nascentes dos rios que deságuam na Baía de Guanabara. “Aí, nós estamos falando da região do território do Guapiaçu. Lá, a gente conversou com um antigo caçador das espécies que têm na região de Guapimirim e Magé e, hoje em dia, é um viveirista, coletor de sementes, e faz toda uma mudança de reflorestamento na nascente do rio, em Guapiaçu. É uma outra visão de preservação de um ecossistema que está relacionado com a Baía de Guanabara, mas não está no espelho d’água”, explicou Luana Seixas.

O quinto programa traz a professora aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Débora Pires, fundadora do projeto Coral Vivo, que desenvolve trabalho extenso na costa brasileira de proteção dos recifes de corais e ecossistemas associados, na Baía de Guanabara, há cerca de 40 anos. “A gente está trazendo neste episódio um olhar mais acadêmico.”

No último episódio, a consultora da Gerência de Reflorestamento e Projetos Ambientais da equipe Petrobras, Amanda Borges, fala sobre a sinergia da empresa com as ações de conservação e educação ambiental dos projetos da Redagua.

O objetivo da Rede é a conservação da biodiversidade, além da prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação. Juntos, os quatro projetos da Redagua já mobilizaram mais de 3,5 milhões de pessoas em ações que promovem as boas práticas ambientais.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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