Legado Olímpico: começa transformação da Arena Carioca 3 em escola

Ginásio Educacional Olímpico Isabel Salgado atenderá 900 estudantes

Publicado em 06/12/2022 - 13:15 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Começaram hoje (6) as obras que transformarão a Arena 3 do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, no Ginásio Educacional Olímpico Isabel Salgado (GEO). A escola em tempo integral vai atender cerca de 900 estudantes da rede municipal a partir de 2024.

A ação está prevista no novo Plano de Legado dos jogos para o Parque Olímpico, apresentado pela prefeitura em julho do ano passado. O local recebeu as competições de taekwondo e esgrima nas Olimpíadas e de judô nas Paralimpíadas Rio 2016.

O ginásio terá 24 salas de aulas, unidade de alimentação e nutrição, sala multiuso e de apoio pedagógico e instalações esportivas com duas quadras poliesportivas e áreas para a prática de judô e outras lutas, tênis de mesa e ginástica. Segundo a prefeitura, o investimento previsto é de R$ 26,6 milhões.

De acordo com o prefeito Eduardo Paes, o plano de legado ficou abandonado por 4 anos, sendo retomado em 2021.

“Essas arenas não foram construídas para serem elefantes brancos, mas sim para a população usar depois. Estamos mostrando que tudo que foi planejado como Legado Olímpico vai ser entregue. Desde o início, o nosso lema sempre foi ‘a cidade deve se servir dos Jogos e não o contrário’”.

O nome do GEO é uma homenagem à jogadora de vôlei Isabel que morreu no mês passado, disse Paes.

“Estamos homenageando uma grande atleta que foi a Isabel, uma mulher engajada na vida da cidade e do país, que usou o seu espaço no esporte para defender a juventude e os valores democráticos. É uma honra poder dar o nome desse ginásio a uma pessoa que queremos que inspire a garotada”, disse o prefeito.

As atividades gratuitas que ocorriam na Arena Carioca 3, com mais de 2 mil pessoas atendidas por mês em escolinhas de diversas modalidades esportivas, foram transferidas para o Velódromo, também no Parque Olímpico.

GEO

O projeto dos Ginásios Educacionais Olímpicos foi criado em 2012, chamados na época de Ginásios Experimentais Olímpicos. São escolas de ensino fundamental em tempo integral, com o objetivo principal de dar oportunidade para que estudantes com aptidões esportivas desenvolvam seu potencial, aliado à educação formal.

Atualmente, os GEOs têm 4.551 estudantes matriculados, em dez unidades: duas em Santa Cruz, duas em Pedra de Guaratiba, Santa Teresa, Caju, Realengo, Pitangueiras, São Cristóvão e Senador Camará.

Outras obras

Em março começou a desmontagem da Arena do Futuro, seguindo a proposta original do legado. Durante a Rio 2016, o local, com capacidade para 12 mil pessoas, abrigou as disputas de handebol na Olimpíada e de golbol na Paralimpíada.

Os materiais estão sendo reaproveitados na construção de quatro novas escolas na zona oeste, para um total de 1.700 alunos. O investimento é de R$ 33,4 milhões e, segundo a prefeitura, representa uma economia de 20% nas novas construções.

A prefeitura doou parte da estrutura das arquibancadas e da cobertura da Arena do Futuro para a Associação Atlética Portuguesa, da Ilha do Governador, na zona norte da cidade.

Em maio, foi iniciada a desmontagem do Centro Internacional de Transmissão (International Broadcasting Center-IBC, na sigla em inglês). Metade da estrutura será usada na construção do Terminal Intermodal Gentileza, na região portuária do Rio, com previsão de entrega para o fim de 2023 e estimativa de receber 130 mil passageiros por dia. O restante do material vai ser vendido por meio de licitação.

As Arenas 1 e 2 e o Centro de Tênis serão concedidos à iniciativa privada por um prazo de 15 anos, com investimentos previstos de R$ 25 milhões. Já o Velódromo vai abrigar as atividades esportivas gratuitas que hoje são desenvolvidas na Arena 3.

Com a desmontagem do Centro Aquático, a piscina olímpica será instalada ao lado da futura pista de atletismo. Parte das estruturas da instalação foi doada para o Bangu Atlético Clube e para a Escola de Samba Lins Imperial, que vai melhorar o isolamento acústico. O clube recebeu materiais para cobrir a arquibancada, a área de transmissão, o estacionamento e as áreas de acesso aos banheiros e vestiários do Estádio Moça Bonita, na zona oeste da cidade.

Edição: Fernando Fraga

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