Cristo Redentor cria canal para denunciar crimes na Baía de Guanabara

Plataforma é lançada no Dia da Baía de Guanabara

Publicado em 18/01/2023 - 21:37 Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Santuário Cristo Redentor, administrado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, terá uma canal online para receber denúncias de crimes ambientais na Baía de Guanabara. A iniciativa é parte de uma plataforma multidigital lançada em cerimônia na noite de hoje (18). Intitulada Braços Abertos Sobre a Guanabara – Um pacto que gera impacto, ela está acessível ao público.

"É um tecnologia a serviço de toda a população e das instituições. E que nasce a partir do nosso olhar. Daqui, podemos contemplar a baía e queremos interferir positivamente", disse o reitor do santuário, Padre Omar. O religioso afirmou que o objetivo é mobilizar as pessoas e aproveitar a mídia espontânea gerada pelo Cristo Redentor. Em seu discurso, Padre Omar fez ainda menção à inauguração do monumento em 1931. "O Cristo Redentor viu essa baía limpa 90 anos atrás".

Memória

A plataforma multidigital foi lançada no Dia da Baía de Guanabara, estabelecida pela Lei Estadual 3616/2001 para lembrar um dos maiores desastres ambientais do país. Nesta mesma data, em 2000, ocorreu o rompimento de um duto da Petrobras que ligava a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) a um terminal na Ilha D'Água. Foram liberados 1,3 milhão de litros de óleo cru, formando uma mancha escura que se estendeu por mais de 50 quilômetros quadrados.

A partir do Santuário Cristo Redentor, é possível ter uma visão panorâmica da Baía de Guanabara. Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, em um perspectiva sustentável, o monumento é um grande observatório de diferentes ativos ambientais associados à imagem da capital fluminense. Nesse sentido, a proposta é que a plataforma contribua para direcionar um olhar mais atento em favor da preservação.

Serão trabalhados dois pilares. O primeiro deles envolve justamente as denúncias. Poderão ser abordados temas variados como saneamento, inavegabilidade, pesca desregulada, pirataria, contrabando, segurança pública, resíduos sólidos, etc. Haverá um trabalho de triagem e direcionamento aos órgãos competentes.

O segundo pilar serão os anúncios. A plataforma abrirá espaço para divulgação de eventos diversos e atividades de formação e capacitação realizadas por instituições e empresas parceiras. "Haverá ações recorrentes de divulgação e conscientização no entorno da Baía de Guanabara. Também será estruturado um plano de comunicação com notícias e programas ligados à temática da sustentabilidade", informa em nota o santuário.

 

Edição: Aline Leal

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