Presidente eleito do Equador afirma que quer fazer um governo de diálogo

Publicado em 16/05/2017 - 17:51 Por Da Agência EFE - Quito

Lenin Moreno (à direita),e seu vice Jorge Glas (à esquerda), candidatos do atual presidente Rafael Correa (centro) foram declarados vitoriosos das eleições presidenciais no Equador

Lenin Moreno (à direita),e seu vice Jorge Glas (à esquerda), candidatos do atual presidente Rafael Correa (centro) foram os vitoriosos das eleições presidenciais no EquadorJosé Jácome-EPA/EFE/LUSA

O presidente eleito do Equador, Lenin Moreno, recebeu nesta terça-feira (16) suas credenciais oficiais declarando que será o governante “do diálogo e da solidariedade" e que trabalhará para defender todos os direitos e conquistas alcançadas durante a gestão de seu antecessor Rafael Correa. As informações são da agência EFE.

Na cerimônia de entrega de credenciais, realizada hoje pela manhã na Assembleia Legislativa, Moreno, que assumirá o cargo no próximo dia 24, ressaltou que defenderá "todos os direitos e ganhos alcançados" nos últimos dez anos.

"Lembremos que dois milhões de equatorianos saíram da pobreza nessa década. O Equador se tornou o país com as melhores estradas da América Latina, um dos cinco países com soberania energética no mundo, e que tem [bons] serviços médicos e hospitais", anotou.

Mais solidariedade, menos caridade

Moreno pediu aos equatorianos que enfrentem "juntos os novos desafios" porque quer ser o "presidente de todos" e que trabalhará "por cada um". O novo governante  defendeu "a racionalidade múltipla para encontrar a verdade", uma missão que realizará com "humildade e levando em conta a diversidade do país”.

Também governará, segundo destacou, com um "critério de solidariedade", o que diferenciou da caridade, porque esta última "se faz de forma vertical, com alguém que se considera inferior, a quem você entrega o que sobra. E a solidariedade é horizontal, entre iguais. É quando um ser humano que considera o outro igual dá aquilo não que sobra, mas o que, em mais de uma ocasião, falta", explicou.

Moreno discursou em uma cerimônia na Assembleia Nacional, diante da presença dos mais altos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e do Poder Legislativo, altos oficiais das Forças Armadas e da polícia, diplomatas estrangeiros credenciados em Quito e centenas de convidados.

"Hoje, fechamos o processo eleitoral no Equador", afirmou Juan Pablo Pozo, presidente da CNE, após a entrega das credenciais tanto a Moreno como ao vice-presidente, Jorge Glas, em um discurso no qual negou taxativamente a possibilidade de ter ocorrido uma fraude eleitoral no país, como denunciou a oposição.

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