Governo palestino culpa Israel e EUA por "massacre" em Gaza
O Executivo palestino responsabilizou nesta terça-feira (15) o "Governo de ocupação israelense" e o dos Estados Unidos pela morte ontem de 60 cidadãos nos protestos junto à fronteira, o que qualificou de "massacre".
Em comunicado, o gabinete - presidido pelo primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah - condenou "o brutal massacre feito pelas forças de ocupação israelenses" contra as dezenas de milhares de manifestantes que compareceram à divisa (40 mil, segundo o Exército israelense), fatos nos quais houve, além disso, 2.771 feridos, a metade por bala, e, entre eles, mais de 200 menores.
O Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que levará perante a Corte Penal Internacional o que considera "crimes de guerra israelenses" e voltou a solicitar proteção internacional para seu povo por parte do Conselho de Segurança e do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, ao qual demandou o envio de uma missão internacional de investigação.
Também manifestou rejeição à participação ontem de países europeus como Romênia, Hungria, República Tcheca e Áustria na cerimônia de abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, contra a posição oficial adotada pela União Europeia (UE).
O Executivo elogiou as decisões dos governos da África do Sul e da Turquia de chamar para consultas os embaixadores em Israel como forma de protesto pela violência registrada na segunda-feira.
Além disso, o gabinete pediu à comunidade internacional que assuma "sua responsabilidade histórica com relação ao povo palestino" e aplique "todas as resoluções das Nações Unidas" relativas ao estabelecimento de um Estado palestino próprio, nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Leste, e que englobe o retorno de refugiados.