China rejeita acusações de interferência política nos EUA

Publicado em 05/10/2018 - 07:35 Por Agência EFE - Pequim

O governo da China informou hoje (5) que as novas acusações de interferência política nos Estados Unidos (EUA) são "injustificadas" e "ridículas", e pediu ao governo de Donald Trump que deixe os rumores e pare de caluniar o governo de Pequim.

A porta-voz  do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, respondeu dessa forma ao duro discurso feito ontem pelo vice-presidente americano, Mike Pence, que criticou as medidas da China no plano político, econômico e militar, e afirmou que o país asiático está interferindo nas eleições legislativas do próximo mês nos EUA para subtrair o apoio de Trump.

"O discurso de Pence fez acusações injustificadas contra as políticas internas e externas da China, e caluniou nosso país ao afirmar que nos intrometemos em assuntos internos e nas eleições dos EUA", disse hoje a porta-voz do ministério chinês, citada pela agência estatal Xinhua.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying - Agência Xinhua/Divulgação

Ela assegurou que são apenas "rumores" e considerou "muito ridículo" que o lado americano "estigmatize suas trocas normais e cooperação com a China como uma interferência em seus assuntos internos e em suas eleições".

Além disso, a porta-voz lembrou que Pequim sempre segue o princípio de não interferir nos assuntos internos de outros países, por isso não tem nenhum interesse em se intrometer nas questões domésticas e eleitorais de Washington.

"Queremos que o lado americano corrija seus erros, deixe de acusar e caluniar sem fundamento a China, de prejudicar os interesses e relações entre a China e os EUA, e tome medidas concretas para manter o desenvolvimento sólido e estável das relações bilaterais", acrescentou Hua Chunying.

As duras acusações de Pence contra o governo de Xi Jinping aumentam as crescentes tensões entre as duas potências, imersas desde julho em uma agressiva guerra comercial, antes da visita a Pequim, na próxima segunda-feira (8), do secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Na semana passada, Trump havia acusado a China de estar atacando com propaganda "o cinturão agrícola" dos EUA, composto por estados do Centro-Oeste, como Iowa e Illinois, que foram prejudicados pelas tarifas que Pequim impôs à soja, dentro da guerra comercial entre os dois países.

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