Príncipe saudita disse a Trump que Khashoggi era islamita perigoso

Publicado em 02/11/2018 - 07:56 Por Agência EFE - Washington

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o jornalista Jamal Khashoggi era um "islamita perigoso", dias depois do seu desaparecimento. 

No telefonema entre Trump e o príncipe também participaram o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, e o genro de Trump, Jared Kushner, segundo informou ontem "The Washington Post". 

De acordo com o jornal, que cita fontes que sabiam da ligação, esta aconteceu depois do desaparecimento do jornalista no dia 2 de outubro e antes que a Arábia Saudita reconhecesse seu assassinato no dia 20. 

Nela, o príncipe Mohammed tenta justificar a seus interlocutores que Khashoggi pertencia aos Irmãos Muçulmanos e pediu a Kushner e a Bolton que Washington mantivesse sua forte aliança com Riad. 

Um funcionário saudita negou a "The Washington Post" que o príncipe saudita tenha feito estes comentários. 

A família do jornalista, por sua vez, os rejeitou em comunicado: "Jamal Khashoggi não pertencia aos Irmãos Muçulmanos. Ele negou estas acusações repetidamente ao longo dos últimos anos". 

"Jamal Khashoggi não era de nenhuma maneira uma pessoa perigosa. Afirmar o contrário seria ridículo", acrescentou o comunicado da família.

Últimas notícias