Austrália reconhece Jerusalém como capital de Israel e recebe críticas
A Jordânia criticou hoje (15) a decisão da Austrália de reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel, ao considerar que esta decisão constitui uma "violação" das leis internacionais.
O Ministério das Relações Exteriores jordaniano afirmou - em comunicado - que a decisão representa "um claro viés a favor de Israel, cujas políticas perpetuam a ocupação, alimentam a tensão e impedem uma paz ampla que assegure a criação de um Estado Palestino independente".
"Jerusalém é um dos assuntos de status final que devem ser decididos através de uma negociação direta, de acordo com as resoluções de legitimidade internacional", acrescentou a nota.
Além da Jordânia, a Liga Árabe também condenou em termos similares a decisão da Austrália, anunciada hoje pelo primeiro-ministro, Scott Morrison.
Ele divulgou o reconhecimento de Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, embora, por enquanto, vá manter sua embaixada em Tel Aviv.
Além disso, Morrison insistiu que a decisão respeita o compromisso australiano com a solução de dois Estados, assim como as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rompeu o consenso internacional ao reconhecer em, dezembro de 2017, Jerusalém como capital israelense, para onde em maio transferiu a embaixada americana desde Tel Aviv.
Esta decisão foi seguida por Guatemala e Paraguai, embora este último país tenha devolvido posteriormente sua representação diplomática a Tel Aviv.