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Internacional

Conferência de doadores: "Próximo passo é a reconstrução da Ucrânia"

Afirmação é da presidente da Comissão Europeia
RTP*
Publicado em 05/05/2022 - 12:57
Bruxelas
Ursula Leyen, União Européia. REUTERS/Yiannis Kourtoglou/File Photo
© REUTERS/Yiannis Kourtoglou/File Photo/Direitos Reservados
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje (5) que o próximo passo no apoio à Ucrânia é a reconstrução do país, devastado pela guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro. Isso "vai exigir milhares de milhões de euros", afirmou.

“O próximo passo tem de ser a reconstrução da Ucrânia”, defendeu von der Leyen ao fim da Conferência Internacional de Doadores. “O governo ucraniano vai precisar de cerca de US$ 5 bilhões por mês para pagar salários e serviços mínimos. Com o apoio dos nossos parceiros internacionais, estamos aqui para ajudar”, declarou.

“O nosso sonho é começar, o mais rapidamente possível, com o investimento, para que o trabalho abra as portas ao desenvolvimento e à recuperação da Ucrânia”.

A presidente da Comissão Europeia lembrou que Bruxelas "conseguiu mobilizar o seu poder económico contra a Rússia”, já tendo lançado cinco pacotes de sanções e estando a caminho do sexto, que inclui o embargo ao petróleo russo.

Ucrânia altera legislação

O primeiro-ministro da Ucrânia, que marcou também presença na conferência, destacou que o desde o início da guerra o país já recebeu “mais de US$ 12 milhões em apoio financeiro e equipamentos”.

“Esse apoio é crucial. Neste momento estamos na fase mais difícil da nossa história, porque está em causa o destino do país”, disse Denys Shmygal.

O chefe de governo ucraniano adiantou que o país já começou a alterar sua legislação “no sentido de a própria Ucrânia aceder a ativos russos, fazendo Kiev pagar pelas ações militares”.

“Nós acreditamos na vitória da Ucrânia e no nosso futuro. É importante que a Ucrânia e seu povo vejam que vocês [doadores] estão conosco. Já repetimos várias vezes que a Ucrânia não vai desistir”, disse, lembrando o desejo do país de se juntar à União Europeia.

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