Chuvas torrenciais deixam 13 mortos e três desaparecidos na Venezuela
O número de mortos pelas chuvas torrenciais que atingiram a Venezuela nas duas últimas semanas subiu para 13, depois de as autoridades locais terem confirmado mais três mortes.
As buscas por pelo menos três pessoas ainda desaparecidas prosseguem.
O mau tempo causou estragos em vários estados do país, como Táchira (oeste). Na região, as autoridades encontraram o nono corpo de um grupo de dez pessoas, arrastado há uma semana pela inundação de uma ravina (cavidade estreita e profunda, aberta pelas águas que caem de lugar elevado) no município de Lobatera. O governador Freddy Bernal confirmou a informação à televisão pública VTV.
Em Mérida (oeste), foi encontrado o corpo de uma criança, levada há 15 dias por um rio inundado. A criança era acompanhada de um homem que ainda está desaparecido, disse o governador Jehyson Guzman.
As chuvas também causaram danos no Centro-Oeste do país. Em Lara, uma pessoa morreu atingida por um raio enquanto falava ao telefone.
"Ele foi atingido e infelizmente morreu", disse o governador de Lara, Adolfo Pereira, acrescentando que duas pessoas foram mortas pelas chuvas no estado e que as buscas continuam por outra pessoa desaparecida.
Um menino de 11 anos morreu na capital, Caracas, na semana passada, quando um rio transbordou.
As autoridades venezuelanas confirmaram que as chuvas causaram danos nas vias públicas, cortes no fornecimento de eletricidade e inundações.
Caracas ativou um centro de coordenação de emergência para se preparar para qualquer eventualidade diante da precipitação média "histórica" registrada este ano.
Neste sábado, sete dos 24 estados da Venezuela focaram colocados sob "alerta amarelo" devido ao mau tempo.
O alerta, emitido pelo Instituto de Meteorologia e Hidrologia da Venezuela (Inameh), vigora nos estados de Amazonas, Apure, Bolivar, Zúlia, Táchira, Mérida e Trujillo, atingidos nos últimos dias por fortes chuvas.
Na capital Caracas, as chuvas inundaram a autoestrada Francisco Fajardo, pela segunda vez em uma semana, na zona do Distribuidor Altamira (leste da capital), impedindo a circulação de viaturas.
As chuvas e os fortes ventos provocaram a queda de várias árvores em ruas e estradas de Caracas, assim como vários apagões.
Moradores disseram, nas redes sociais, que várias casas foram afetadas pela queda de árvores, que bloquearam ainda a circulação em várias estradas.
No estado de Arágua, a água das chuvas inundou o terminal ferroviário de Maracay e, no estado de Miranda, o Rio El Encantado transbordou, ficando a circulação restrita apenas a veículos com tração nas quatro rodas.
Na autoestrada que liga a capital ao centro do país, a água e o deslizamento de terras dificultam a circulação de veículos.
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