Foguete da SpaceX decola com tripulação para a estação espacial
A SpaceX, empresa de foguetes de Elon Musk, lançou nesta quarta-feira (5) rumo ao espaço a próxima tripulação de longa duração da Estação Espacial Internacional (ISS) da Nasa, incluindo um cosmonauta russo pegando carona com dois norte-americanos e um astronauta japonês como parte da missão que partiu da Flórida.
O veículo de lançamento da SpaceX, consistindo de um foguete Falcon 9 com uma cápsula Crew Dragon apelidada de Endurance, decolou em céu claro ao meio-dia, no horário local, do Centro Espacial Kennedy da Nasa, em Cabo Canaveral.
A tripulação de quatro membros e sua cápsula voadora autônoma devem chegar à Estação Espacial Internacional (ISS) em 29 horas, na noite de quinta-feira, para iniciar uma missão científica de 150 dias a bordo do laboratório orbital a cerca de 420 km acima da Terra.
A missão, designada Crew-5, marca a quinta tripulação de pleno direito da ISS que a Nasa voou a bordo de um veículo SpaceX desde que o empreendimento privado de foguetes fundado pelo proprietário da Tesla., Musk, começou a enviar astronautas norte-americanos em maio de 2020.
A equipe mais recente está sendo liderada por Nicole Aunapu Mann, de 45 anos, uma piloto veterana de combate que faz história nos voos espaciais como a primeira mulher indígena enviada à órbita pela Nasa e a primeira mulher a assumir o posto de comandante de um SpaceX Crew Dragon.
A missão Crew-5 também é notável pela inclusão de Anna Kikina, de 38 anos, a única cosmonauta feminina em serviço ativo com a agência espacial russa Roscosmos, realizando um voo raro a bordo de uma espaçonave norte-americana, apesar das crescentes tensões entre Estados Unidos e Rússia pela guerra na Ucrânia. O último cosmonauta a guiar um foguete dos EUA em órbita foi em 2002 em um ônibus espacial da Nasa.
A equipe Crew-5 será recebida por sete ocupantes existentes da ISS, a equipe Crew-4, composta por três norte-americanos e um astronauta italiano, bem como dois russos e o astronauta da Nasa que voou com eles para orbitar em um voo da Soyuz.
Os recém-chegados têm a tarefa de conduzir mais de 200 experimentos, muitos deles focados em pesquisas médicas que vão desde a "bioimpressão" 3-D de tecido humano até o estudo de bactérias cultivadas em microgravidade.
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