Número de mortos em incêndios no Havaí chega a mais de 100
O número de mortos nos incêndios florestais no Havaí, os piores em mais de um século nos Estados Unidos (EUA), continua a aumentar e ultrapassou uma centena, informou o governador do arquipélago, Josh Green. “Estamos com o coração partido por tamanha perda”, afirmou.
A expectativa é de que o número de mortos aumente nos próximos dias, já que as equipes de resgate só terminaram as operações de busca de corpos em pouco mais de um quarto da área afetada.
O governador do Havai alertou que os trabalhos de busca podem ser afetados pelas tempestades, com chuva e ventos fortes, previstas para o fim de semana.
Na segunda-feira (14), Green já tinha admitido que o número de mortos poderia duplicar, pois 1.300 pessoas ainda estavam desaparecidas.
Em atualização feita nessa terça-feira, as autoridades disseram que apenas quatro corpos foram identificados até o momento. O governador admitiu que identificar as vítimas dos incêndios será “muito difícil” e provavelmente levará semanas, já que os restos mortais são praticamente irreconhecíveis e as impressões digitais raramente são encontradas.
Por esse motivo, o chefe da polícia de Maui, John Pelletier, renovou o apelo para que familiares das pessoas desaparecidas façam teste de DNA a fim de ajudar a identificar os corpos.
Um necrotério móvel, enviado pelas autoridades federais, chegou ao Havai nessa terça-feira, juntamente com uma equipe de médicos legistas, patologistas e técnicos, para ajudar as autoridades a identificar os restos mortais.
Biden promete visita
Uma semana depois dos incêndios que devastaram Maui, o presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu viajar para o Havaí o mais rápido possível.
Biden explicou que quer ter a certeza de que não irá atrapalhar as operações de socorro com a logística de uma viagem presidencial.
“Não quero me intrometer. Já estive em várias áreas de desastre. Mas quero ir e garantir que eles têm tudo aquilo de que precisam”, disse o presidente, garantindo que o Havai receberá “tudo o que precisar do governo federal”.
Gestão da crise
Durante os incêndios, os avisos oficiais na televisão, na rádio e no celular revelaram-se inúteis para muitos habitantes sem eletricidade ou sem rede elétrica. As sirenes de alarme permaneceram em silêncio.
A maior distribuidora de eletricidade do arquipélago, a Hawaiian Electric, está sendo acusada de ter causado os incêndios por ter deixado as linhas de energia "durante as condições previstas de alto risco de incêndio".
Estima-se que o fogo tenha destruído ou danificado mais de 2.200 edifícios, 86% deles residenciais, causando danos estimados em US$ 5,5 bilhões.
Seis mil pessoas, cerca de 15% da população, foram retiradas em aviões militares de comunidades remotas nos Territórios do Noroeste, no Canadá, ameaçadas por onda de mais de 230 incêndios florestais ativos.
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