ONGs internacionais de médicos alertam para situação sanitária em Gaza
![REUTERS/VIOLETA SANTOS MOURA Israeli rescue workers work to remove dead bodies from near a destroyed police station that was the site of a battle following a mass-infiltration by Hamas gunmen from the Gaza Strip, In Sderot](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Lusa](https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/styles/269x0/public/logo_parceiros/logo_lusa.jpg?itok=FaJ4MVyQ)
Organizações não governamentais (ONG) internacionais de médicos alertaram nesta terça-feira (11) para a situação sanitária na Faixa de Gaza após o cerco total imposto por Israel. Elas pediram um corredor humanitário para apoiar o trabalho de assistência.
"A situação é catastrófica. Não acho que ninguém esteja seguro em Gaza", declarou Sarah Chateau, responsável pelo programa palestino dos Médicos Sem Fronteiras (MSF).
A organização está na região há mais de 20 anos e tem 300 funcionários palestinos e 20 internacionais.
"Transferimos parte de nossas equipes para um prédio das Nações Unidas. O bombardeio foi tão maciço que os riscos eram muito grandes", acrescentou.
Na segunda-feira (9), Israel anunciou a retirada da população das áreas fronteiriças e impôs cerco total à Faixa de Gaza, com o "corte imediato" do fornecimento de água, após a suspensão do fornecimento de eletricidade e alimentos.
Em resposta, o grupo Hamas ameaça executar os cerca de 150 reféns sequestrados no sábado em Israel, incluindo crianças, mulheres e jovens que participavam de um festival de música.
"Com o estado de cerco total, até quando as nossas equipes vão aguentar? Precisamos de um corredor humanitário para apoiar a resposta médica, trazer equipamentos, substituir as equipes no local", disse Chateau.
A ONG Médicos do Mundo, que tem cerca de 30 funcionários na Cisjordânia e 20 em Gaza, também alertou que "o transporte de doentes é reduzido com o bloqueio e a intensidade dos bombardeios".
"A nossa equipe luta pela sobrevivência, é muito difícil conseguir realizar o trabalho", disse o médico Jean-François Corty, vice-presidente da organização, lembrando que 80% da população dependem da ajuda humanitária.
"É preciso garantir que o direito internacional humanitário é respeitado, que medicamentos são levados e que os civis são poupados", afirmou.
Após a ofensiva sem precedentes do movimento islâmico palestino Hamas contra Israel, o Exército israelense está desde sábado (7) a bombardear a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007. Em quatro dias de conflito é estimado que o número de mortos ultrapasse os 2 mil, além de mais de 5 mil feridos dos dois lados.
![Marcelo Camargo/Agência Brasil Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reuters/Mike Segar/Poibida reprodução Elon Musk gestures at the podium inside the Capital One arena on the inauguration day of U.S. President Donald Trump's second term, in Washington, U.S., January 20, 2025. Reuters/Mike Segar/Poibida reprodução](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Arquivo: Agência Brasil Indústrias](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)