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Internacional

Dezenas de detentos escapam de prisão no Equador

Onda de violência é resposta a medidas para restabelecer segurança
Alexandra Valencia - Repórter da Reuters*
Publicado em 16/01/2024 - 06:48
Quito
Security forces members man a checkpoint amid the ongoing wave of violence around the nation, in Guayaquil, Ecuador, January 10, 2024. REUTERS/Vicente Gaibor del Pino
© REUTERS/Vicente Gaibor del Pino
Reuters

Quarenta e três detentos continuam foragidos após escapar de uma prisão no Norte do Equador, informou a agência penitenciária SNAI. Forças de segurança continuam operações em todo o país.

O presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência por 60 dias na semana passada, incluindo toque de recolher noturno, e designou 22 grupos criminosos como terroristas.

A recente explosão de violência -- incluindo o ataque por homens armados a programa de TV ao vivo, explosões em várias cidades e o rapto de agentes da polícia -- parece ser uma resposta aos planos de Noboa para resolver a grave crise de segurança do Equador.

Policiais e militares estão presentes nas prisões de todo o país, após cerca de 200 guardas e funcionários administrativos sequestrados serem libertados de pelo menos sete prisões no fim de semana.

Os presos escaparam de uma prisão em Esmeraldas, cidade perto da fronteira com a Colômbia, disse o SNAI em comunicado nessa segunda-feira. Cerca de 2 mil integrantes das forças de segurança do Equador realizaram operação de busca na penitenciária no domingo (14).

"Como resultado dessa fiscalização, foi descoberta a fuga de 48 reclusos", informa o comunicado, acrescentando que cinco presos foram recapturados.

As forças de segurança também tomaram conhecimento de que um prisioneiro morreu na prisão, disse o SNAI.

Desde que foi declarado estado de emergência, as forças de segurança detiveram mais de 1.500 pessoas e realizaram 41 operações contra grupos terroristas, segundo o governo.

As operações continuarão em todo o Equador nesta semana, garantiu o governo em nota. "O objetivo declarado é claro: ser implacável com aqueles que aterrorizaram e abusaram dos cidadãos".

Eleito no ano passado com base no compromisso de restaurar a segurança, Noboa prometeu manter os líderes das gangues em novas prisões de segurança máxima, entre outras medidas.

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