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Internacional

Ano de 2023 foi o mais mortal para migrantes, diz agência da ONU

Mais de 8.500 pessoas morreram em rotas de migração
Gabrielle Tétrault-Farber - Repórter da Reuters*
Publicado em 06/03/2024 - 13:25
Genebra
.Pessoas a bordo do barco de resgate da ONG Proactiva Open Arms Uno olham para o barco da guarda costeira indo para a ilha de Lampedusa, no mar Mediterrâneo central, Itália.
19/08/2022
REUTERS/Juan Medina/Foto de arquivo
© JUAN MEDINA
Reuters

Pelo menos 8.565 pessoas morreram em rotas de migração em todo o mundo no ano passado, tornando 2023 o ano mais mortal já registrado para os migrantes, informou a agência de migração da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (6).

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse que o número de mortes de migrantes notificado no passado superou o de mortos e desaparecidos globalmente no ano recorde anterior de 2016, quando 8.084 pessoas morreram.

O número de mortes do ano passado também aumentou 20% em relação a 2022.

"Esses números horríveis, coletados pelo Projeto Migrantes Desaparecidos, também são um lembrete de que devemos nos comprometer novamente com uma ação maior que possa garantir uma migração segura para todos, de forma que daqui a dez anos as pessoas não precisem arriscar suas vidas em busca de uma melhor", disse a diretora-geral adjunta da OIM, Ugochi Daniels.

O Projeto Migrantes Desaparecidos, iniciativa da OIM que registra mortes e desaparecimentos de migrantes desde 2014, revelou que a travessia do Mar Mediterrâneo continua sendo a rota mais mortal para os migrantes, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecimentos no ano passado.

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