UE intensifica investigação sobre X, de Musk, a dias da posse de Trump
A Comissão Europeia disse nesta sexta-feira (17) que está intensificando sua investigação sobre se a rede de mídia social X, de Elon Musk, violou as regras da União Europeia sobre moderação de conteúdo com solicitações de informações e uma ordem para que ela retenha documentos relevantes.
Como parte de sua investigação iniciada em dezembro de 2023, o executivo da UE afirmou que estava solicitando ao X que forneça, até 15 de fevereiro, documentação interna sobre seu sistema de recomendação que faz sugestões de conteúdo aos usuários e quaisquer alterações recentes feitas nele.
"Hoje estamos tomando outras medidas para esclarecer a conformidade dos sistemas de recomendação do X com as obrigações previstas na Lei de Serviços Digitais da UE", disse a chefe digital da UE, Henna Virkkunen, em um comunicado.
O X não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Nesta semana, a Comissão minimizou relatos de que estava revisando suas investigações contra grandes empresas de tecnologia, enfatizando que elas continuam operando normalmente e o retorno do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca não afetou o compromisso de se fazer cumprirem as leis.
Meta
Trump, que assume como o 47º presidente dos EUA na segunda-feira (20), tem criticado várias políticas da UE. Fortalecidos por sua posição, outros CEOs dos EUA, como Mark Zuckerberg, da Meta, buscaram ajuda dele para lutar contra as regulamentações da UE.
A Meta cancelou na semana passada seus programas de verificação de fatos nos EUA e Zuckerberg disse que trabalharia com Trump para reprimir a censura em todo o mundo, destacando o número crescente de leis que institucionalizam a censura na Europa.
Musk, proprietário do X e aliado de Trump, entrou em conflito repetidamente com órgãos reguladores da UE, enquanto alguns políticos europeus o acusaram de interferir em eleições, como em sua conversa transmitida com o líder da Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita. Musk afirma que as críticas são uma afronta à democracia e à liberdade de expressão.
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