Maior rede humanitária do mundo pede cessar-fogo em Gaza


A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) pediu nesta quarta-feira (29) um cessar-fogo e acesso humanitário desimpedido à Faixa de Gaza, onde milhões de pessoas enfrentam o agravamento da fome.
O enclave devastado pela guerra está sofrendo catástrofe humanitária quase sete meses depois que Israel lançou uma ofensiva devastadora, em resposta aos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro, que mataram 1.200 pessoas em Israel.
"Precisamos desesperadamente de uma solução política que nos permita um cessar-fogo para que a ajuda chegue", disse a presidente da IFRC, Kate Forbes, à Reuters em entrevista em Manila.
"Estamos prontos para fazer a diferença. Temos que ter acesso e, para isso, é preciso um cessar-fogo", afirmou Kate, que em dezembro se tornou a segunda mulher a ocupar o cargo mais alto da maior rede humanitária do mundo.
A presidência da IFRC é cargo voluntário e supervisiona uma rede que reúne 191 organizações que trabalham durante e após desastres e guerras, como a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, que tem equipes de ambulância em Gaza.
Kate disse que tinha visto a situação "atroz" em Rafah durante uma visita em fevereiro, meses antes de Israel lançar ataque militar na cidade do sul de Gaza, que abrigava mais de 1 milhão de palestinos que fugiram dos ataques a outras partes do enclave.
"Não havia moradia suficiente. Não havia água, não havia banheiros sanitários suficientes. Tínhamos um hospital sem equipamentos... e, infelizmente, o que eu temia aconteceu - não haveria comida suficiente", acrescentou.
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