Homem é detido por suspeita de envovimento na morte de general russo
O Comitê de Investigação russo anunciou nesta quarta-feira (18) a detenção de um homem suspeito de envolvimento no assassinato do general russo Igor Kirillov. O comandante das forças nucleares foi morto na terça-feira (17), em Moscou, em um atentado à bomba já reivindicado pelas autoridades ucranianas.
O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros adiantou que vai levar o assassinato do general Igor Kirilov ao Conselho de Segurança das Nações Unidas agendado para 20 de dezembro. A porta-voz, Maria Zakharova, garantiu que todas as pessoas envolvidas no homicídio serão encontradas e punidas.
"Um cidadão do Uzbequistão, nascido em 1995, foi detido por suspeita de ter cometido o atentado que custou a vida ao chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia Igor Kirillov e ao assistente Ilia Polikarpov", declarou a comissão, em comunicado. O general Kirillov, de 54 anos, é o mais alto responsável militar russo a ser morto desde o início da invasão na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Durante o interrogatório, o suspeito afirmou ter sido "recrutado pelos serviços especiais ucranianos", adiantou a mesma fonte.
A pedido deles, o homem disse que chegou a Moscou e recebeu o engenho explosivo, que colocou em um patinete elétrico estacionado perto do edifício onde vivia o general Kirillov, indicou na mesma nota.
O suspeito alugou também um carro que estava igualmente estacionado perto do edifício e onde estava instalada uma câmera de vigilância, de acordo com os investigadores.
O vídeo filmado por esta câmara foi transmitido "em tempo real aos organizadores do ataque, para a cidade de Dnipro", na Ucrânia, disse.
Assim que o general e o assistente saíram do edifício, o dispositivo explosivo foi ativado remotamente pelo suspeito, informa o comunicado.
Pelo atentado, o criminoso receberia "uma remuneração de US$ 100 mil dólares [€ 95,1 mil]" e a possibilidade de se mudar "para um dos países europeus", acrescentou.
O serviço de informações ucraniano SBU, que acusou Kirillov de ser responsável pela utilização de armas químicas contra tropas ucranianas, algo que Moscou nega, assumiu a responsabilidade pelo assassinato.
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