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Internacional

Com estado de saúde estável, papa continua a trabalhar do hospital

Francisco está internado há 33 dias no Hospital Gemelli, em Roma
Lusa*
Publicado em 18/03/2025 - 09:29
Roma
Brasília (DF) 16/03/2025 - O Papa na capela privada do décimo andar do Hospital Gemelli.
Foto: Sala de Imprensa da Santa Sé/Divulgação
© Sala de Imprensa da Santa Sé/Divulgação
Lusa

Internado há 33 dias, o papa Francisco continua a trabalhar e dá sinais de atenção ao que acontece no mundo.

De acordo com as últimas informações, os médicos notaram pequenas melhoras com fisioterapia respiratória e motora, e consideraram o estado do pontífice estável.

Francisco, 88 anos, está internado no Hospital Gemelli desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia bilateral.

Em carta enviada do hospital ao jornal italiano Corriere della Sera, ele pediu hoje o fim dos conflitos no mundo, por meio do "desarmamento das palavras, das mentes e da Terra" e afirmou que neste momento de doença, a guerra parece ainda mais absurda.

"A fragilidade humana, de fato, tem o poder de nos tornar mais lúcidos sobre o que dura e o que passa, o que nos mantém vivos e o que nos mata. Talvez seja por isso que tantas vezes tendemos a negar limites e evitar pessoas frágeis e feridas: elas têm o poder de questionar a direção que escolhemos, como indivíduos e como comunidades", escreveu o papa.

Francisco pede a todos aqueles que dedicam o trabalho e inteligência a informar, que unam o mundo usando a importância das palavras”. "Nunca são apenas palavras: são ações que constroem ambientes humanos. Elas podem conectar ou dividir, servir à verdade ou fazer uso dela. Devemos desmantelar palavras, desmantelar mentes e desmantelar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de senso de complexidade".

Francisco lamenta que "enquanto a guerra só devasta comunidades e o meio ambiente, não oferecendo soluções para conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova vida e credibilidade".

E afirma que “as religiões também podem aproveitar a espiritualidade dos povos para reacender o desejo de fraternidade e de justiça, a esperança de paz”, e que “tudo isso requer compromisso, trabalho, silêncio e palavras”.

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