Moscou lança um dos piores ataques de mísseis contra a Ucrânia


A Ucrânia acusa a Rússia de ter disparado 70 mísseis e lançado 145 drones contra vários pontos do país durante a noite, incluindo Kiev, deixando pelo menos nove mortos.
No total, a Força Aérea ucraniana diz que detectou e seguiu 215 alvos aéreos russos sendo que 112 foram destruídos pelos sistemas de defesa.
Os serviços de emergência da Ucrânia registaram número ainda considerado provisório de nove mortos e 63 feridos, 42 dos quais estão hospitalizados.
Entre os feridos estão seis crianças, segundo Kiev.
O governo ucraniano diz que o ataque mostra a insistência do Kremlin na invasão do país vizinho e um "desejo" de Vladimir Putin: "matar".
"Foram danificados edifícios residenciais e equipes de resgate buscam pessoas sob os escombros", informou o Serviço de Emergência na plataforma de mensagens Telegram. O bombardeio russo provocou vários incêndios em Kiev, apagados pelos bombeiros.
O último bombardeio com mísseis e drones sobre Kiev ocorreu no início de abril.
Os projéteis russos atingiram também Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. O presidente da câmara local, Igor Terekhov, citou "repetidos ataques com mísseis" que feriram pelo menos duas pessoas.
No Telegram, Andriï Iermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os ataques sobre Kiev, Kharkiv e outras cidades do país mostram "unicamente o desejo de matar" do presidente russo, Vladimir Putin. O chefe de gabinete da Presidência ucraniana pediu que "os ataques a civis parem".
O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky de proferir palavras inflamatórias sobre a Península da Crimeia, anexada pela mão de Putin em 2014.
Ao mesmo tempo, Trump acenou com o que descreveu como um acordo "muito próximo".
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andri Sybiga, afirmou ver no ataque a Kiev a demonstração de que Moscou quer insistir na invasão, sem respeito por quaisquer esforços no sentido da paz. Sybiga condenou a "exigência de Moscou" em termos territoriais, ou seja, a "retirada" de territórios como condição para a paz.
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