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Justiça

Justiça anula posse do presidente da Apex

Jorge Viana terá que provar fluência em inglês para comandar agência
André Richter* - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 22/05/2023 - 19:44
Brasília
Brasília (DF), 17/05/2023 - O presidente da Apex, Jorge Vianna, durante seminário sobre ESG, na ApexBrasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Justiça Federal em Brasília determinou, nesta segunda-feira (22), a anulação da posse do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana. A decisão foi tomada pela juíza Diana Vanderlei, da 5ª Vara Federal no Distrito Federal.

A magistrada aceitou pedido de liminar protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para afastar Viana do cargo.

De acordo com a juíza, a Apex alterou regras internas para permitir que o ex-senador pudesse assumir a chefia da agência sem comprovar fluência em inglês, requisito que era indispensável para comandar o órgão antes das mudanças. "A retirada do requisito fluência ou nível avançado no idioma inglês incorre em nítida ilegalidade por desvio de finalidade, na medida em que vai de encontro aos objetivos da Apex-Brasil e beneficia o atual presidente irregularmente empossado no cargo", escreveu a juíza.

Na decisão, foi dado prazo até 6 de julho para que Viana possa comprovar fluência em inglês avançado em conversação de negócios e consiga permanecer no cargo.

"Faculto também ao senhor Jorge Viana trazer aos autos vídeos direcionados ao juízo, ou vídeos de palestras ou reuniões da Apex-Brasil, demonstrando a conversação do autor no referido idioma, no mais, o que achar oportuno de comprovação do requisito", concluiu.

Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) informa que ingressará em caráter de urgência com recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) com o objetivo de suspender a decisão liminar. Na avaliação da AGU, os autores não atenderam a requisitos processuais essenciais à propositura da ação e tampouco comprovaram o efetivo prejuízo causado pelo ato de nomeação. 

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da Apex e aguarda retorno.

 

 

*Matéria ampliada às 20h para inclusão de posicionamento da AGU