Líderes do governo e do PMDB na Câmara divergem sobre pesquisa CNI/Ibope

Publicado em 01/07/2015 - 15:54 Por Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse hoje (1º) que não se preocupa com o resultado da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo a qual o percentual de pessoas que consideram o governo federal ótimo ou bom caiu de 12% para 9%.

Segundo ele, pesquisa é um dado de momento. "Juntando tudo,  temos aprovação de 20 a 25%, [índice], que poucos governadores têm", disse Guimarães, que não especificou o que quis dizer com "tudo". "Não estou preocupado com isso. Estou preocupado em construir aqui uma agenda diferente desta do pessimismo, do quanto pior melhor", ressaltou o deputado, lembrando que 21% dos entrevistados consideraram o governo regular.

De acordo com Guimarães, já existem sinais de retomada do processo de crescimento do país. Ele destacou a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que rebateu uma jornalista brasileira, afirmando que o governo norte-americano vê o Brasil como uma potência global, e não como liderança regional. Para o deputado, o pessimismo contamina o ambiente politico. "[Mas] estou muito seguro de que a afirmação de Obama é o sentimento generalizado em todas as economias. As pessoas dizem que não tem quem invista no Brasil, mas somos o terceiro ou quarto em aporte de investimentos internos e externos.”

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que há tempo de corrigir erros, mas vê o resultado da pesquisa como "reflexo dos erros que o governo tem repetido". O PMDB faz parte da base governista. “Creio que possibilidade de recuperar existe, mas não ocorre porque tudo que não deu certo, tudo o que deu errado e levou à baixa aprovação [do governo] continua sendo feito.”

Segundo Picciani, a queda da aprovação é reflexo de uma economia recessiva e da falta de ação politica. Para ele, a crise é tanto econômica quanto política. "O governo continua errando na interlocução com a sociedade e com a base parlamentar. Acho que precisa mudar tudo.”

Edição: Stênio Ribeiro

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