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Política

Renan diz no STF que Senado não terá voto em "função do que a família quer"

Renan também declarou que o Senado vai "observar todos os prazos" e
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/04/2016 - 21:10
Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros, discute ritos do processo de impeachment no Supremo
© Wilson Dias/Agência Brasil
Brasília - Os presidentes do Supremo, Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, discutem ritos do processo de impeachment (Wilson Dias/Agência Brasil)

Os presidentes do Supremo, Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, vão definir os ritos do processo de impeachment Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (18) que não haverá na Casa voto a favor ou contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff em função do que a "família quer ou não".

Após audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, Renan também declarou que o Senado vai "observar todos os prazos" e garantirá o direito de defesa da presidenta.

Renan ironizou as justificativas dos deputados que votaram ontem (18) na sessão em que a Câmara dos Deputados decidiu a abrir procedimento de impedimento de Dilma. Muitos parlamentares afirmaram que seus votos eram em nome de suas famílias.

"A Constituição diz que cabe ao Senado processar e julgar. No Senado, com certeza não vai ter voto em função do que a família quer ou não. O julgamento será de mérito, se há ou não crime de responsabilidade. Vamos em todos os momentos do processo nos guiar pelo cumprimento do papel do Senado Federal", afirmou.

Renan e Lewandowski se reuniram no início da noite no Supremo para definir que regras do rito do impeachment no Senado serão divulgadas e deverão ser confirmadas pelos demais ministros da Corte, após sessão administrativa do STF, que ainda não tem data marcada para ocorrer. Os gabinetes de ambos estão trabalhando em conjunto para definir o roteiro

Segundo Renan, sua atuação no processo será com "isenção e a neutralidade". "Como presidente do Senado, eu queria repetir que vamos observar todos os prazos, garantir direito de defesa e processo legal", concluiu.