Em ação ligada à Lava Jato, PF volta a mirar ex-presidente da Eletronuclear

Publicado em 06/07/2016 - 08:26 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e o executivo da Andrade Gutierrez Flávio David Barra, presos durante a Operação Radioatividade, embarcam para Curitiba (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O então presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva durante prisão na Operação Radioatividade, 16ª fase da Lava JatoArquivo/Agencia Brasil

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (6) mais uma operação sobre desvios de empreiteiras nas obras da Usina Nuclear de Angra 3, no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A unidade é gerida pela Eletronuclear, uma das subsidiarias da Eletrobras.

Um dos alvos é o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. Ele deixou o cargo no ano passado após ser citado em delações da Lava Jato e chegou a ser preso preventivamente, acusado de receber proprinas de até R$ 4,5 milhões. Othon depois teve concedida prisão domiciliar.

A Operação Pripyat, um desdobramento da 16ª fase da Lava Jato, investiga a atuação de um “clube de empreiteiras” no pagamento de proprinas ligadas às obras da usina. Segundo a PF, seis funcionários da empresa são alvo de prisão preventiva.

Cerca de 130 policiais cumprem também outros três mandados de prisão temporária e nove de condução coercitiva, além de 26 mandados de busca e apreensão. A ordens judiciais são cumpridas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

Os crimes investigados são de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Pripyat é o nome do município que foi arrasado pelo desastre da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, e hoje é uma cidade fantasma.

Edição: Talita Cavalcante

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