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Política

Gilmar Mendes permite que ex-procurador fique em silêncio na CPMI da JBS

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/11/2017 - 14:28
Brasília
Rio de Janeiro - O ex-procurador da República Marcello Miller presta depoimento na sede da Procuradoria Regional da República  no Rio de Janeiro (Alex Lanza/MPMG)
© Alex Lanza/MPMG
Rio de Janeiro - O ex-procurador da República Marcelo Miller presta depoimento na sede da Procuradoria Regional da República no Rio de Janeiro (Alex Lanza/MPMG)

O ex-procurador da República Marcello Miller poderá ficar em silêncio diante da comissão mista do CongressoArquivo/Alex Lanza/MPMG

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu hoje (24) habeas corpus preventivo para que o ex-procurador da República Marcello Miller possa ficar em silêncio na reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, marcada para o dia 29 de novembro.

Miller foi convocado para prestar depoimento sobre o período em que trabalhou no Ministério Público Federal (MPF) e auxiliou no fechamento do acordo de delação premiada do empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa e do grupo J&F.

Com a decisão de Mendes, o ex-procurador não poderá ser preso durante o depoimento e poderá se recusar a responder aos questionamentos dos parlamentares, além de poder ser orientado por seus advogados.

Na gestão do ex-procurador Rodrigo Janot, Marcelo Miller foi acusado de atuar em favor da JBS durante o processo de assinatura de delação. Segundo Janot, documentos trocados entre Miller e integrantes do escritório que o contratou comprovariam o “jogo duplo” no caso.

A defesa do ex-procurador sustenta que ele “nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F ou qualquer empresa e o procurador-geral da República Rodrigo Janot ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal”.