MPF recomenda processo seletivo para próximo presidente da Caixa

A seleção resultaria em uma lista de cinco executivos, a partir da

Publicado em 27/03/2018 - 15:16 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A força-tarefa da Operação Greenfield, do Ministério Público Federal (MPF), enviou hoje (27) à Presidência da República uma recomendação para que o próximo presidente da Caixa Econômica Federal seja escolhido por meio de um processo seletivo conduzido por empresa especializada.

Segundo a recomendação dos procuradores, a seleção resultaria em uma lista de cinco executivos tecnicamente capacitados, a partir da qual o presidente Michel Temer nomearia o próximo presidente do banco público.

“As medidas ora propostas visam melhorar a governança da Caixa, com adoção de boas práticas administrativas à altura da instituição”, justificou o procurador da República Frederico Siqueira, de acordo com nota divulgada pelo MPF. Ele é um dos cinco membro da força-tarefa da Greenfield, que investiga desvios no banco público.

Além de Temer, a recomendação foi encaminhada ao Ministério da Fazenda, ao Conselho Administrativo da Caixa e ao atual presidente do banco, Gilberto Ochi, filiado ao PP e que estaria cotado para deixar o cargo em breve para ir para a Esplanada dos Ministério na próxima reforma ministerial.

O MPF também pediu ao Conselho Administrativo da Caixa acesso a um dossiê preparado a pedido do órgão sobre o próprio Occhi, feito pelo escritório Pinheiro Neto Addvogados, e mantido sob sigilo pelo banco. 

Vice-presidentes

Em dezembro do ano passado, a força-tarefa da Greenfield recomendou que os 12 vice-presidentes da Caixa fossem afastados, sob a justificativa de que quatro deles eram investigados pela Polícia Federal.

Os procuradores citaram também a relação de alguns desses executivos com o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, ambos presos por denúncias de corrupção.

Alguns dias após a recomendação, o presidente Michel Temer afastou os quatro vices da Caixa investigados, sendo que um acabou restituído ao cargo pelo Conselho do banco público, após demonstrada a falta de provas contra ele. 

Edição: Valéria Aguiar

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