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Política

Covid-19: resultado de teste em Bolsonaro deve sair nas próximas horas

Presidente falou sobre assunto em live semanal ao lado de Mandetta
Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/03/2020 - 20:46
Brasília
Live semanal
© Divulgação/Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro pode ter que ficar em isolamento no Palácio do Alvorada, residência oficial, caso o exame para o novo coronavírus (Covid-19) dê resultado positivo, afirmou nesta quinta-feira (12) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Usando máscaras respiratórias, os dois participaram da live semanal transmitida pelo presidente em sua página no Facebook. Bolsonaro, familiares e auxiliares que o acompanharam em viagem aos Estados Unidos, no último final de semana, estão sendo monitorados e examinados depois da confirmação de que o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, foi diagnosticado com o vírus.

"Se der positivo, o presidente vai ter que despachar daqui [Palácio do Alvorada], a gente vai recomendar o isolamento domiciliar. Se não der positivo, der outro vírus, que é o mais comum, que é o Influenza, a gente libera, é vida que volta ao normal. Todo mundo tomando os cuidados, etiqueta respiratória, usar o álcool gel, lavar as mãos, e vamos seguir a vida e, por semana em semana, a gente vai vendo. Vamos lutar muito, vão ter dias bons, dias difíceis, mas com certeza o Brasil vai sair junto dessa", disse Mandetta.

Segundo o presidente, o resultado de seu exame deverá ser conhecido nas próximas horas. Um membro da equipe de auxiliares já teria tido resultado negativo para a infecção, de acordo com Bolsonaro.

"Eu estou usando máscara porque nessa recente viagem aos Estados Unidos, uma das pessoas que veio comigo no voo, quando desceu em São Paulo, foi fazer os exames habituais e deu positivo o coronavírus. Então, todo mundo que estava no voo, hoje coletou material de todos nós. Acredito que nas próximas horas tenham resultado do meu e de mais algumas pessoas que estiveram comigo", disse.

Mandetta e Bolsonaro reforçaram que a principal preocupação do governo é conter a expansão do contágio do coronavírus, que pode sobrecarregar o sistema público de saúde. "A gente sabe que vai levar um tempo que as pessoas terão resfriado, gripes. Quando muita gente, ao mesmo tempo, pega o vírus, os idosos que complicam, ao mesmo tempo, vão para o hospital", explicou o minsitro.

Assista a um trecho da live semanal

Protestos de domingo

Bolsonaro também comentou sobre os protestos marcados para domingo (15), que têm como alvo críticas ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário. Para o presidente, é preciso evitar aglomeração de pessoas e ele defendeu o adiamento da manifestação.

"Como presidente da República, tenho que tomar uma posição, contra ou a favor, se bem que o movimento não é meu, o movimento é espontâneo e popular. Então, uma das ideias é adiar, suspender, e daqui a um ou dois meses se faz. Já foi dado um tremendo recado ao Parlamento, principalmente na questão daquela emenda de relator, se ele vai ter autonomia para movimentrar, em média, R$ 15 bilhões ou não", afirmou o presidente.

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite de hoje, Bolsonaro pediu que a população repense a ida às manifestações previstas para domingo.