Covid-19: IBGE aponta queda no número de empresas impactadas

A pesquisa revela que o setor de serviço ainda é muito afetado

Publicado em 02/09/2020 - 15:57 Por Ligia Souto - Rio de Janeiro

Apesar dos efeitos negativos que a pandemia ainda impõe à maioria das empresas do país, caiu o número daquelas que declararam que as atividades foram prejudicadas pelo novo coronavírus.

Na segunda quinzena de julho, do total de 3 milhões de empresas em funcionamento, 37,5% relataram impactos adversos em suas atividades. Nas primeiras duas semanas do mesmo mês, o índice estava em 44,8%, contra 62,4% no período anterior, referente à segunda metade de junho.

Os dados fazem parte da nova pesquisa Pulso Empresa, elaborada pelo grupo de Estatísticas Experimentais do IBGE e divulgada nesta quarta-feira(02).

De acordo com o levantamento, 36,3% das empresas declararam que a pandemia teve efeito pequeno ou inexistente na segunda quinzena de julho. Já para 26,1%, o impacto no período foi positivo.

O coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli, explica que o resultado era esperado, já que a medida em que aumenta o processo de flexibilização, cresce, também, a receita das companhias. Mas, segundo ele, é cedo para classificar o movimento como uma tendência de melhora.

A pesquisa aponta, ainda, que o impacto negativo foi maior para as empresas de grande porte, com mais de 500 funcionários; e entre as de pequeno porte, com até 49 empregados.

Os dados do IBGE revelam que o setor de serviço permaneceu como o mais afetado. De 1,3 milhão empresas do setor, quase 43% sentiram os efeitos das medidas de enfrentamento à covid-19. Essa proporção foi um pouco menor no comércio, com 36,5% das empresas impactadas do total de 1,2 milhão abertas no período.

Na indústria, 30,6% das 334 mil empresas apontaram efeitos negativos da crise sanitária. Já o ramo da construção foi o menos impactado.

Entre as regiões do país, o Norte concentrou o maior número de empresas que perceberam reflexos positivos. Por outro lado, o Nordeste foi a região das companhias que mais sofreram, seguido pelo Centro-Oeste.

A pesquisa mostrou, também, que 34,4% das empresas relataram redução nas vendas na segunda metade de julho. Na quinzena anterior, esse índice era de 46,8%.

Ainda segundo o levantamento, apenas 7,9%, pouco mais de 240 mil empresas, informaram ter reduzido o número de funcionários no período. A maioria, portanto, declarou que manteve inalterado o quadro de empregados em relação à quinzena anterior.

Edição: Sâmia Mendes

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