A partir deste sábado (26), a representação brasileira da mais antiga sociedade que avalia o QI, o chamado Quociente de Inteligência, realiza testes presenciais e coletivos em 15 municípios brasileiros. Os testes são para descobrir pessoas consideradas "superdotadas" e podem fazer pessoas maiores de 17 anos e que estejam cursando ou que já cursaram o ensino superior.
Mas essas avaliações também podem ser aplicadas precocemente, como a menina Athena Silveira, de três anos de idade. O pai da garotinha considerada a mais jovem "superdotada" do país, Daniel Moreira, conta que o vocabulário e a autonomia da filha chamavam a atenção desde cedo, por isso, a preocupação para que a menina continue se desenvolvendo livremente.
Os laudos de testes oficiais e reconhecidos de crianças, como a pequena Athena, e de jovens de até 16 anos, são avaliados pela entidade Mensa Brasil.
Segundo o INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, apenas 24 mil jovens foram identificados com altas habilidades. Mas a OMS – que é a Organização Mundial de Saúde - estima que o país tenha quase 2 milhões e meio de pessoas superdotadas.
De acordo com Carlos Fonseca, vice-presidente da Mensa Brasil, identificar essa população ajuda a garantir os direitos educacionais previstos no Plano Nacional de Educação.
São consideradas pessoas com "altas habilidades" as crianças que apresentam notável capacidade intelectual, aptidão para estudos, criatividade, liderança, talento artísticos ou capacidade psicomotora.
Mas ser considerado um "superdotado" também pode trazer complicações, por exemplo, dificuldade de socialização. Pode haver igualmente pressão familiar quanto à escolha profissional, desde cedo, o que atrapalharia os estudos e o desenvolvimento do jovem. Por isso, a necessidade da identificação e de um acompanhamento adequado.