Eleitores do Rio mantêm vereadores do município
Os eleitores do Rio de Janeiro, que foram às urnas neste domingo (15), mantiveram a maioria dos vereadores do município. Do total de 51 integrantes da Câmara Municipal que vão assumir em 2021, apenas 17 não têm assento na atual legislatura. 
Os outros 34, ou foram eleitos diretamente para o cargo em 2016 ou acabaram assumindo o mandato como suplentes ao longo dos últimos 4 anos.
O cientista político e professor da PUC no Rio de Janeiro, Ricardo Ismael, avalia que o pouco tempo de campanha favoreceu os candidatos mais conhecidos, o que explica a falta de renovação no resultado desse domingo.
Os partidos que terão maior número de assentos na Câmara Municipal carioca são DEM, Republicanos e PSOL, com 7 representantes cada. As urnas também ampliaram o leque de legendas com um único vereador. São 9 na atual legislatura, e 11 na próxima. O Novo e o PSL, que não possuem representantes na Casa, conseguiram 1 vaga cada.
O professor Ricardo Ismael chama a atenção para a fragmentação partidária desta eleição, o que significa que o próximo prefeito terá que ter disposição para negociar e conseguir formar uma base no parlamento.
Entre os reeleitos estão alguns dos mais bem votados neste pleito, como Tarcisio Mota, do PSOL, e Carlos Bolsonaro, do Republicanos. Mesmo na lista de campeões, os dois perderam votos em relação a 2016.
O filho do presidente da República teve cerca de 36 mil votos a menos, enquanto Tarcisio Mota caiu de 90 mil para 86 mil;
A queda se deu em meio a um cenário de recorde de abstenções. A taxa na cidade ficou em 32,8%.
A lista de mais votados também traz estreantes, como o policial militar Gabriel Monteiro, do PSD, que ficou em 3º lugar.
Já entre os velhos caciques da política do Rio, César Maia, do DEM, continua no legislativo municipal.
Foram ainda eleitas 10 mulheres para o próximo mandato, incluindo Mônica Benício, do PSOL. A viúva de Marielle Franco foi a 11ª vereadora mais votada da cidade.
