A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (20) a Operação Arcanus. O objetivo é desarticular um esquema de corrupção que teria participação de agentes públicos no Porto do Rio de Janeiro. 300 políciais federais cumpriram 78 mandados na capital, em Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti, no estado do Rio de Janeiro, e em Parnaíba, no Piauí.
Das oito ordens de prisão temporária, cinco são contra servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e três envolvem policiais federais. Além disso, também são cumpridos 37 mandados de busca e apreensão e 33 de condução coercitiva, sendo um dos procurados um Praça da Marinha.
De acordo com as investigações, os funcionários da agência emitiam certificado de controle sanitário de bordo das embarcações sem fazer a inspeção. Já os policiais federais, não cumpriam as normas regulares de procedimento migratório.
Entre os crimes estão corrupção ativa e passiva, concussão, que é quando o servidor público exige dinheiro ou vantagem em razão da função que ocupa, inserção de dados falsos em sistemas, organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
O nome da operação Arcanus, que em latim signifca escondido, se refere à forma reservada e discreta que os crimes teriam sido praticados em áreas de controle e acesso restrito do porto.