Conferência de saúde no Rio faz recomendações para governos

Mais de seiscentos delegados participaram da Conferência Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e ajudaram a redigir um documento com recomendações de ações para serem executadas em nível federal, estadual e municipal.

Parte das propostas agora segue para votação na conferência estadual que por sua vez vai encaminhar sugestões para a conferência nacional programada para dezembro, em Brasília.

Realizadas a cada quatro anos, as conferências de saúde são uma das principais formas de participação da sociedade na construção de políticas públicas e este ano 50% dos delegados representam usuários do sistema único de saúde.

A lider comunitária da Rocinha, Vera Lucia da Conceição Caldeira, acredita que a participação da sociedade civil organizada é essencial para que os gestores entendam as necessidades de cada lugar.

Vinte e cinco por cento deles são gestores e os outros vinte e cinco por cento são funcionários, as propostas foram elaboradas pelos participantes divididos em oito eixos temáticos, com a presença de delegados dos três setores  e aquelas descartadas como deliberação para a conferência estadual foram mantidas no relatório como recomendações para política municipal de saúde.

De acordo com o secretário municipal, Daniel Soranz, parte das sugestões deve ser incluída no novo plano quadrienal que vai ser elaborado em 2017, mas a prefeitura já vai tentar responder à principal deliberação do evento.

Entre as propostas aprovadas pela plenária de delegados está também a criação de uma faculdade pública de medicina na zona oeste da cidade,  a formalização do controle social dos gastos na área de saúde e ainda a a inclusão de profissionais de saúde mental e outros como sanitaristas nas equipes de saúde da família. Os delegados também reivindicaram a construção de novas unidades de saúde e centros de referência.