Publicado em 28/11/2017 - 11:56 Por Joana Moscatelli - Rio de Janeiro
Os procuradores da Operação Lava Jato criticaram a atuação do Poder Legislativo no combate à corrupção no Brasil. Em encontro de membros do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, o procurador de Curitiba Deltan Dallganol ressaltou que as maiores ameaças à Lava Jato estão no Congresso Nacional.
Segundo ele, não se pode esperar de um Congresso que tem grande parte dos políticos sendo investigada pela Operação medidas efetivas de combate à corrupção. Dallagnol ainda manifestou preocupação com o resultado das próximas eleições.
Segundo o procurador do Rio de Janeiro Eduardo El Hage, a reunião dos membros da Lava Jato teve como objetivo traçar estratégias conjuntas de atuação das forças tarefas em Curitiba, São Paulo e no Rio.
A procuradora de São Paulo Thaméa Danelon destacou que as investigações da Lava Jato no estado ainda estão no início.
Em entrevista coletiva, na sede do Ministério Público Federal no Rio Janeiro, os procuradores também criticaram o foro privilegiado que, segundo eles, prejudica as investigações e as punições de casos de corrupção. No Rio de Janeiro, a Operação Lava Jato já prendeu líderes políticos importantes como o ex-governador Sérgio Cabral e o presidente da Assembleia Legislativa do estado Jorge Picciani.