Chuvas em Petrópolis já deixaram mais de 200 mortos
A tragédia de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, já deixa mais de 200 mortos e ainda restam cerca de 50 pessoas desaparecidas. Os trabalhos de busca seguem com 650 agentes do corpo do bombeiros do Rio e de outros estados trabalhando em turnos revezados, de dia e à noite, com o apoio de mais de 50 cães farejadores.
Os números atualizados da manhã desta quinta-feira (24) mostram que 208 corpos já foram encontrados: 124 são mulheres, 84 homens e 40 crianças ou adolescentes. Do total, 191 vítimas foram identificadas e 181 delas foram liberadas para as funerárias. A prefeitura abriu covas rasas emergenciais no cemitério do município, e 166 sepultamentos já foram realizados ao longo dos últimos dias.
O Instituto Médico Legal também guarda 11 despojos, que são fragmentos de corpos que estão passando por análise de DNA para identificação. Peritos têm recolhido material genético de todos os familiares que reportaram desaparecidos para comparação.
A tragédia também deixou cerca de 900 desabrigados, acolhidos em 14 pontos de apoio mantidos pela prefeitura e em locais alternativos, estabelecidos pelas comunidades.
A Defesa Civil municipal continua o trabalho de vistoria nas áreas atingidas e localizou, até agora, quase 2.200 ocorrências, sendo mais de 1.700 deslizamentos de terra.
Noutra frente, autoridades analisam os danos causados ao patrimônio histórico do município, que foi construído ao redor da fazenda de veraneio da família real brasileira.
O principal ponto turístico, o Museu Imperial, não foi afetado, mas o Centro de Cultura Raul de Leoni teve seu acervo afetado e o Theatro D.Pedro e o Centro Cultural Estação Nogueira ficaram alagados. Uma ponte histórica teve o guarda corpo destruído e precisará ser restaurada.