Nesta época do ano, as festas juninas tomam contam do país. Tem quadrilha, quentão e canjica. Das roupas a culinária típica não pode faltar nada, nem mesmo as tradicionais fogueiras. Nessa hora, um alerta é aceso: o do risco de queimadura.
Por isso, durante as celebrações, os cuidados não só com as fogueiras, mas também com os fogos de artifício, devem ser redobrados para que a animação não se transforme em acidentes, como orienta o coordenador do centro de queimaduras da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Flavio Narduz.
“A fogueira deve ser isoladas das pessoas, porque as fogueiras algumas vezes exalam, as fogueiras tem brasa e isso é um risco muito grande as crianças. As fogueiras tem que ser baixas, tem que ser isoladas para que não cause risco. Os fogos de artifício trabalham com pólvora e isso é um risco muito grande, então, em primeiro lugar, deve ser trabalhado por pessoas habilitadas a utilizar, claro, nunca depois do consumo de bebida alcoólica”.
Brincadeiras como pular fogueira também devem ser desestimuladas por adultos. Treze anos atrás, o estudante de webdesign Airton Damasceno, de 22 anos, se queimou após ver os primos fazendo a brincadeira.
“Na minha vez de pular, eu acabei cometendo um erro, escorreguei e caí dentro da fogueira, foi um dos momentos mais agoniantes que eu tenho na minha memória. Na hora que meus pais perceberam eles me tiraram da fogueira, me levaram às pressas para o hospital e eu tive queimaduras na mão direita, no braço esquerdo e na mão esquerda também.”
De acordo com o Ministério da Saúde mais de 100 mil pessoas são vítimas de queimaduras todos os anos. Desse total, cerca de 2.500 pacientes morrem em decorrência das lesões.
*com supervisão de Ana Lucia Caldas