Polícia prende empresário acusado de lavar dinheiro para a milícia
A polícia civil do Rio de Janeiro prendeu um dono de vários postos de combustíveis e lojas de conveniência. Acusado de lavar dinheiro para um grupo de milícia. Além disso, 42 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio e em Minas Gerais. E outro homem foi preso durante uma das diligências por posse ilegal de arma de fogo. Os agentes apreenderam diversos veículos, armas, joias e documentos.
A justiça também autorizou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens dos suspeitos que somam até R$ 93 milhões. E determinou a quebra dos fiscal e bancário. A apuração teve início a partir de dados de inteligência financeira encaminhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que mostravam movimentações financeiras suspeitas ou atípicas envolvendo os alvos da operação.
O COAF alertou as autoridades sobre a grande entrada de recursos em espécies depositadas nas contas das empresas de forma fracionada. A polícia então identificou que os suspeitos possuíam patrimônios incompatíveis com os seus rendimentos. E começou a reunir indícios que eles fazem parte do braço financeiro da milícia.
As diligências apontam que o dinheiro obtido com as atividades criminosas é misturado com o caixa legítimo de operações comerciais e, assim, é feita a lavagem dos recursos ilegais, a milícia, atua na zona oeste da capital e é acusada de cobrar taxa de segurança dos moradores, além de praticar agiotagem, extorsões, comércio ilegal de combustíveis, exploração do transporte alternativo e de máquina caça-níqueis, além de traficar armas e cometer homicídios.
* Com supervisão de Tâmara Freire